Tenho para mim que há coisas que, efectivamente, nunca mudam. Sim eu acredito que há pessoas que nos marcam para a vida e que, de uma maneira ou outra, são responsáveis por aquilo que somos. Ninguém constrói a sua personalidade, o seu eu sem nenhuma influência. E é (também) por aí que se distinguem as boas das más pessoas - através das influências que foram tendo ao longo da vida e da forma como foram aproveitando essas influências de maneira mais ou menos positiva. Eu tive várias influências. Umas melhores e outras piores, é certo.
Hoje, estava eu no café de sempre com a amiga de sempre, quando nos apercebemos que estavam a decorrer as apresentações dos trabalhos de Área de Projecto do actual 12º ano do nosso antigo Colégio. Como boas e fiéis ex-alunas que somos, fomos lá dar uma espreitadela. Claro que quem organiza todo o projecto é o meu ex-professor de Filosofia e mais tarde de Psicologia, sendo que todo o restante corpo docente e até mesmo a direcção do Colégio se mostram muito pouco interessados em ajudar e participar em tal iniciativa. Lá o encontramos, então, super atarefado, mas não deixando de demonstrar a sua satisfação de nos ver ali, passado quase um ano de termos abandonado a casa.
Toda esta contextualização para dizer que eu admiro aquele homem tanto ou mais do que admiro qualquer outra pessoa. Não só pelo professor que ele é, mas também, lá está, pela pessoa que ele é. E ele é, sem qualquer tipo de dúvida, uma das pessoas que mais influência teve na minha vida. Afirmo com toda a certeza que é por causa dele, por tê-lo conhecido, por ter tido a enorme sorte de ter sido aluna dele, que acabei por optar pela Psicologia para o meu futuro. Se realmente não prosseguir com o curso, tenho plena consciência de que não é por falta de fascínio pela área, mas sim pela falta de amor que os docentes aparentam ter por ela. Ele tem o dom de mudar a mentalidade das pessoas, tem o dom de mudar opiniões. É capaz de abrir horizontes, de falar sobre tudo, sem tabus. Podia estar aqui o resto do dia a tentar exprimir aquilo que ele transmite, aquilo que é possível aprender com ele, mas não vale a pena. Só quem o conhece, só quem partilha com ele uma sala de aula, pode compreender. Hoje ele disse, no discurso de despedida aos alunos que irão agora ingressar no ensino superior que, só será eterno enquanto permanecer na memória deles. E ele para mim será eterno. Nunca me vou esquecer de certas palavras que ele proferiu. Quando soube que tinha entrado em Psicologia, na melhor faculdade do país, fiz questão de lhe ir contar. Aproveitei o facto de já não ser aluna dele para lhe dizer certas e determinadas coisas que, se calhar, não cairiam tão bem se tivessem sido ditas mais cedo. Agradeci-lhe por tudo o que me ensinou, por ter sido uma grande influência para mim e por, entre muitas outras coisas, me ter incutido que tudo o que é claro demais, cega. E ele disse-me: "Sabe, aquilo que retiramos dos outros, é sempre algo que já temos em nós. E a Leonor sempre teve isso dentro de si. Obrigado por ter sido minha aluna."
Hoje, estava eu no café de sempre com a amiga de sempre, quando nos apercebemos que estavam a decorrer as apresentações dos trabalhos de Área de Projecto do actual 12º ano do nosso antigo Colégio. Como boas e fiéis ex-alunas que somos, fomos lá dar uma espreitadela. Claro que quem organiza todo o projecto é o meu ex-professor de Filosofia e mais tarde de Psicologia, sendo que todo o restante corpo docente e até mesmo a direcção do Colégio se mostram muito pouco interessados em ajudar e participar em tal iniciativa. Lá o encontramos, então, super atarefado, mas não deixando de demonstrar a sua satisfação de nos ver ali, passado quase um ano de termos abandonado a casa.
Toda esta contextualização para dizer que eu admiro aquele homem tanto ou mais do que admiro qualquer outra pessoa. Não só pelo professor que ele é, mas também, lá está, pela pessoa que ele é. E ele é, sem qualquer tipo de dúvida, uma das pessoas que mais influência teve na minha vida. Afirmo com toda a certeza que é por causa dele, por tê-lo conhecido, por ter tido a enorme sorte de ter sido aluna dele, que acabei por optar pela Psicologia para o meu futuro. Se realmente não prosseguir com o curso, tenho plena consciência de que não é por falta de fascínio pela área, mas sim pela falta de amor que os docentes aparentam ter por ela. Ele tem o dom de mudar a mentalidade das pessoas, tem o dom de mudar opiniões. É capaz de abrir horizontes, de falar sobre tudo, sem tabus. Podia estar aqui o resto do dia a tentar exprimir aquilo que ele transmite, aquilo que é possível aprender com ele, mas não vale a pena. Só quem o conhece, só quem partilha com ele uma sala de aula, pode compreender. Hoje ele disse, no discurso de despedida aos alunos que irão agora ingressar no ensino superior que, só será eterno enquanto permanecer na memória deles. E ele para mim será eterno. Nunca me vou esquecer de certas palavras que ele proferiu. Quando soube que tinha entrado em Psicologia, na melhor faculdade do país, fiz questão de lhe ir contar. Aproveitei o facto de já não ser aluna dele para lhe dizer certas e determinadas coisas que, se calhar, não cairiam tão bem se tivessem sido ditas mais cedo. Agradeci-lhe por tudo o que me ensinou, por ter sido uma grande influência para mim e por, entre muitas outras coisas, me ter incutido que tudo o que é claro demais, cega. E ele disse-me: "Sabe, aquilo que retiramos dos outros, é sempre algo que já temos em nós. E a Leonor sempre teve isso dentro de si. Obrigado por ter sido minha aluna."
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