Sim, eu quero mesmo muito estar perto dele. Às vezes parece que sufoco com a falta que ele me faz. Mais do que precisar de entender de uma vez por todas aquilo que aconteceu, aquilo que nos aconteceu, eu precisava de o ter comigo, outra vez. Vê-lo novamente ao fim deste tempo todo, só me fez ver que rigorosamente nada se apagou. Eu cheguei a achar que o que eu sentia por ele se tinha atenuado, com o passar do tempo e a inexistência de contacto, mas afinal está tudo na mesma. Ou se calhar não. Se calhar está mais forte que nunca. Porque, ao vê-lo, senti a saudade ainda mais presente. E foi um turbilhão de emoções que se torna impossível descrever. Nervos, raiva, paixão. Apetecia-me bater-lhe mas ao mesmo tempo apetecia-me abraçá-lo e prometer-lhe que nunca mais o largava. Tive de me conter. Segurei as lágrimas e (não sei se fiz bem ou mal) mantive o meu ar superior, de quem não está nem aí. Claro que ele sabe que não é verdade. Ele finge que não, mas ele sabe a falta que me faz e sabe o mal que fez. Se calhar só não sabe que bastava ele estalar os dedos para me voltar a ter ao seu lado, incondicionalmente.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Uma coisa que ainda ninguém percebeu
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