quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

2012

Obrigada 2012 por me teres ensinado tanto, por me teres feito crescer e por me teres tornado numa pessoa um bocadinho melhor (pelo menos quero acreditar que sim). Obrigada por me teres mostrado que a verdadeira amizade realmente existe e que há amigos incondicionais. Obrigada por provares que não há distância que possa apagar sentimentos genuinamente fortes. Obrigada por me teres ensinado a lidar melhor com essa saudade que às vezes parece que mata e por me teres ajudado a valorizar os momentos, por mais ínfimos que sejam, em que a posso “enganar”.
Obrigada pelas pessoas que trouxeste, pelas que mantiveste e pelas que levaste. Porque foram as “maças podres” desta vida que me mostraram as pessoas puras, boas e perfeitas na sua imperfeição. Obrigada por me teres provado que ninguém é feliz sozinho e que, às vezes, não faz mal pedir ajuda.
Obrigada, sim, àqueles que estiveram comigo mesmo não estando fisicamente presentes. Obrigada a quem me acolheu, a quem me tratou como família  a quem me deu uma mão quando precisei de ajuda para me levantar, a quem me mimou quando me senti mal amada. Obrigada a quem riu comigo, quem dançou, saltou, cantou e fez as maiores loucuras comigo. Obrigada a quem entendeu o meu silêncio, a quem me abraçou. Obrigada a quem me ofereceu ajuda sem esperar nada em troca, a quem me secou as lágrimas, a quem chorou comigo e quem me fez rir até ao choro.
Obrigada a todos vocês que se cruzaram comigo neste ano que termina agora. Obrigada por terem deixado a vossa marca que, sendo boa ou má, fez de mim uma pessoa com mais força.
Que 2013 chegue cheio de esperança e que seja um ano abençoado para todos nós! "Tamo junto"!  

sábado, 22 de dezembro de 2012

(re)começar

O mundo não acabou, mas este dia 21 foi, sem margem para dúvidas, o início de um novo ciclo. Escrevo-o para, caso alguma vez me esqueça disto e queira voltar atrás, isto me recorde do porquê de ter tomado esta decisão.
Tudo é para sempre até acabar.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Dos regressos

Hoje pus-me a ler coisas antigas aqui no blogue. Quando dei por mim já tinha percorrido quase todo o ano de 2011. 257 posts. E concluí que é giro ver como as coisas mudam, como ler determinado texto nos pode transmitir determinado sentimento, como muitas das situações de sufoco acabaram por se resolver e como os momentos felizes, por mais perdidos que estejam no tempo, nunca deixam de o ser. Hoje, ao ler o meu blogue, tive pena. Pena de ter parado de escrever, de me ter cansado. Pena de não ter "perpetuado" as peripécias que me foram acontecendo nestes últimos meses. Pena de não ter sido capaz de libertar as minhas frustrações aqui, como sempre fiz. Então, hoje, decidi escrever outra vez. Sem promessas. Sem expectativas. Sem saber se isto se vai voltar a tornar numa rotina. Mas hoje escrevo, segura de que este meu cantinho será sempre meu e estará sempre aqui, com uma página em branco, à minha espera.
Fosse tudo na vida assim...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

E assim chegamos ao fim. Chamar-lhe "fim" talvez seja demasiado radical, mas, por agora, este blogue deixou de fazer sentido.
Talvez volte, um dia. Até lá, sejam felizes!

Frase do Mês #26

sábado, 24 de março de 2012

Olá!

E adeus.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Estou presa a ti porque é em ti que eu vivo.

domingo, 11 de março de 2012

.

Foda-se meu, que saudades!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Talvez um dia passe...

"Permites alguém entrar tão fundo em ti, mas tão fundo, que só assim é possível que te consiga atingir. E esse alguém faz-te mal. Magoa-te.
Dói que se farta: alma esfolada, coração em sangue. Engoles as lágrimas que o teu orgulho não deixa chorares e segues em frente.
Apagas sms do telemóvel, fotografias do pc, textos do blog. Começas por bloqueá-lo no msn depois, à força do peito esmagado de cada vez que o vês on line, apaga-lo de vez. Deitas para o lixo todos os objectos que te ligam a ele, deixas de usar as mesmas expressões, quebras rotinas, evitas lugares comuns. Descaracterizas-te dele. Rezas para nunca mais te cruzares com ele e sabes que a isso se chama negação ou evitação mas não queres saber de Psicologia para nada.
Primeiro não lhe consegues desejar mal: ainda gostas demasiado dele. Depois ganhas-lhe raiva. E desejas-lhe que nunca mais arranje outra gaja e mesmo que arranje formulas-lhe votos de lepra na pila e chatos gigante nos tin-tins. E se não arranjar mesmo, torces para que lhe caiam todos os dedos, um por um, para nem sequer se conseguir masturbar.
Depois já não pensas nele todos os dias quando acordas nem quando te deitas. E cada vez vais pensando menos nele. E não lhe desejas nem bem nem mal: não lhe desejas nada.
Um dia, dás por ti de férias, pele dourada ao sol, e percebes que já nem te lembravas dele há mais de um mês. E esses pensamentos são cada vez mais intervalados. E chega finalmente o dia derradeiro, passados 476 dias do fim, em que ouves, pela primeira vez sem mudares automaticamente de frequência, a música que era vossa, do princípio ao fim. E gostas. Porque é apenas uma boa música. Passou o dói-dói."

Pólo Norte (http://quadripolaridades2.blogspot.com/)

Ferida

Lembraste de quando eras pequenino e, entre brincadeiras desengonçadas, caías e esfolavas o joelho? Nessa altura doía e tu choravas e gritavas. E tinhas que desinfectar a ferida, fazer um curativo. Uma vez foi mais grave e tiveste que levar pontos. Ao inicio doía todos os dias, ardia. Mas, a pouco e pouco, a dor tornava-se menos forte, menos incomodativa. Até que só te doía quando mexias na ferida. Ela ia sarando, a pouco e pouco. E tiraste os pontos. Um dia deixou de doer e só restou a cicatriz. E aquela cicatriz, no teu joelho, só servia para te relembrar que, um dia, algures na tua infância perdida, caíste e te magoaste e choraste. Mas era só isso – uma cicatriz. Só quando olhavas para ela é que te lembravas daquela queda. Agora já não doía.
Era nessa fase que eu estava, antes de tu reapareceres, em Novembro. De vez em quando, lá olhava para a cicatriz que deixaste no meu coração. E questionava-me pelos porquês de tudo aquilo. Mas era só isso. Já não doía. Ou se calhar doía mas eu habituei-me a viver com essa dor, até que ela se tornou familiar. Adaptei-me. E reconstruí a minha vida. Levantei-me, desinfectei a ferida e limpei as lágrimas. O que passou, passou. Ou julgava eu.
Mas tu voltaste. Tinhas que voltar. Voltaste e viraste a minha vida de pernas para o ar, outra vez. Fizeste-me crer que desta vez seria diferente. Eu, inocente, acreditei. Convenci-me de que não estava a criar esperanças e que se as coisas corressem mal eu estaria preparada para lidar com isso. Enganei-me, eu sei. E nisso faço mea culpa.
Reabriste a ferida. Sim, essa mesma ferida que tanto custou a sarar. Que tanto me fez sofrer. Mostraste que respeito e consideração por mim tens zero. É assim hoje e foi assim sempre. Toda a gente via, menos eu. Não quis ver, preferi negar as evidências. Agora, vivo tudo de novo. Com a diferença de que tenho a consciência de que acabou. E dói mais, ainda. Revelaste a pessoa que és e que sempre foste. Não vales metade daquilo que eu passei por ti. Não vales metade daquilo que eu estou a passar por ti.
Acabou.

domingo, 4 de março de 2012

...

Clico em "nova mensagem" e penso que é agora que vou conseguir escrever tudo aquilo que me vai na alma. A página abre, digo que não com a cabeça e torno a fecha-la. Longe vão os tempos que o blogue me servia como porto de abrigo. E que falta que isso me faz. Espero que seja só uma fase.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Frase do Mês #25


Para mi familia Erasmus.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Olá!

Estou viva. O que acontece é que me tem faltado vontade para escrever. Parece que este blogue já não faz sentido. Porquê? Não sei. Mas a verdade é que também me falta "coragem" para o fechar. De maneiras que fica assim, em águas de bacalhau, como diz o zé povinho.
Regressei a Portugal, ao Porto. Das despedidas de Granada ainda me custa falar. Foi tudo muito emotivo, chorei muito. Fiz grandes amigos lá e vim embora cheia de boas recordações. Digo, com toda a certeza, que foi a melhor experiência de toda a minha vida. Não sei o que me reserva o futuro, mas tenho a certeza que a minha vida já não foi em vão, graças ao meu Erasmus perfeito.
Entretanto, a habituação à rotina do costume. Terminado o sonho, só me resta regressar à vida real. E custa. Faltam as pessoas que se tornaram minhas nos últimos meses, faltam os lugares, falta a boa disposição tão típica deste povo a quem chamamos de irmão. Mas que sisudos são os portugueses comparados com os espanhóis, minha gente! E que antipáticos!
Resumindo e concluindo: a depressão pós-Erasmus existe mesmo. Não é um mito, não senhor. E todos aqueles que já tiveram esta experiência sabem, certamente, ao que me refiro. Morro de saudades de Granada!!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Mãe

Estava eu ao telefone com a minha querida mãe, quando lhe contava que uma das minhas grandes amigas de Erasmus - a Alessandra, italiana - também tentou, tal como eu, prolongar a sua estadia em Granada mas que, tal como eu, o pedido lhe foi negado. A diferença é que, independentemente disso, ela vai cá ficar na mesma. Diz que não quer ir embora e que, por isso mesmo, vai ficar. Entretanto faz um curso de inglês, outro de português e pronto, continua em Granada com as maravilhosas pessoas que fazem parte da nossa família Erasmus. Nisto, diz-me a minha mãe: "Ó filha, se tu também quiseres ficar, podes ficar. Arranjas um empregozinho numa discoteca ou assim, vais fazendo uns cursos e pronto. Se quiseres ficar, podes ficar. Tu é que sabes!".
Ai se eu pudesse. O pior é que há muita coisa em jogo, muita coisa em que pensar. Se dependesse só da minha vontade claro que nem pensava duas vezes e ficava.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Das despedidas

As que já aconteceram foram muito difíceis. É tão estranho e, ao mesmo tempo, tão fantástico que em tão pouco tempo se criem laços tão fortes entre pessoas tão diferentes. Mas a verdade é que isto acontece e aconteceu connosco. E agora que, para alguns, é o fim, custa muito. Não quero acreditar que daqui a uma semana já não vou estar aqui. Não consigo. Não posso. Sinto-me triste, melancólica. As pessoas abraçam-me e pedem-me para ficar. E eu não quero ir embora.

Então e novidades?

Ora bem, pois que o tal "homem da minha vida" se revelou uma desilusão. É a minha sina, eu sei! Bem, acabamos por ficar numa noite e foi bom. Só que ele chegou agora a Granada, só quer festa e roda no ar. E é lindo de morrer - talvez dos rapazes mais bonitos que vi aqui - e tem a típica simpatia brasileira. Portanto, cada dia consegue ter uma mulher nova. E é isso que ele quer. Claro que eu não estava à procura de exclusividade. Até porque seria um bocado ridículo, uma vez que ele chegou agora e eu vou agora embora. Mas estava à espera de outra coisa, sei lá. Nem sei explicar. A verdade é que este protagonismo todo lhe subiu à cabeça e todo aquele charme inicial transformou-se numa arrogância desmedida. Entretanto, depois de uns copos a mais, tive uma conversa com ele. O problema é que eu não me lembro do que lhe disse, mas consta que não disse coisas muito bonitas. Infelizmente ainda não tive oportunidade de falar com ele outra vez para lhe pedir desculpas, mas quero faze-lo. Porque vivo em Granada há cinco meses e durante este tempo nunca tive nenhum problema com ninguém e não é agora, prestes a ir-me embora que quero ter. E, muito menos, quero ir sem que a coisa fique devidamente esclarecida.

Sim, estou viva!

Mas tenho andado realmente ausente, eu sei. A verdade é que as duas últimas semanas foram uma correria desenfreada. Tive exames, entregas de trabalhos, nervos e stress acumulado. Mas enfim, apesar de não ter corrido muito bem (os exames correram muito mal, até), agora já estou de férias. Desde ontem! O lado negativo da coisa é que daqui a uma semana me vou embora. E não quero ir. Nada nada!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

P.S.:

Claro que esta história toda do homem da minha vida não passa de uma brincadeira. É verdade que eu senti um arrepio na espinha e que as pernas me tremeram quando o vi, mas eu não conheço o rapaz de lado nenhum. Já para não falar de que ele é do Brasil, portanto a nosso história de amor tinha tudo para dar certo (#ironia#).
Ele não é o homem da minha vida. É o homem dos meus sonhos. A minha realidade, essa, é bem diferente. E está em Portugal. Se está à minha espera ou não, essa já é outra questão. E só com o tempo é que eu vou descobrir a resposta.

Entretanto...

.... ele amuou comigo. Não me fala e, quando fala, fala mal, com sete pedras na mão. Há quem diga que são ciúmes, mas eu não acredito nisso. Agora que é estranho, é. A partir do momento em que eu conto que talvez tenha encontrado o amor da minha vida, ele começa a tratar-me com tamanha frieza, é de uma pessoa desconfiar. Mas a verdade é que a sanidade mental dele já teve melhores dias. Deve ter tido, suponho. Porque desde que eu conheço que ele é assim: completamente maluco daquela cabeça. Vai-se a ver e é por isso que eu gosto tanto dele.

Novidades

Pois que o homem da minha vida me encontrou, via facebook. E foi muito simpático, como já era de esperar. Agora resta-me aguardar pelo próximo encontro. Aiiii, que homem, meu Deus, que homem!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Amor à primeira vista

Tenho a certeza absoluta de que ontem conheci o homem da minha vida. E não, não estou a brincar. Nunca na minha vida senti o que senti ontem, quando o vi. Parece que soube, naquele momento, que ele era o tal. Eu sei que isto parece ridículo, mas que posso eu fazer? Infelizmente, passei muito pouco tempo com ele, mas, ainda assim, deu para perceber que, para alem de lindo de morrer, é super simpático. Sei pouco dele. Sei o primeiro nome, sei que é brasileiro e que chegou recentemente a Granada. Quando confrontado com o facto de eu me ir embora muito em breve, ele disse Não se preocupe que a gente ainda se vai ver muitas vezes aqui em Granada, porque eu gostei de você. Não sei nada sobre ele, mas sei que ele não me saiu da cabeça durante o dia todo de hoje. E sei que sinto uma coisa estranha, não sei, uma angustia. Se calhar é medo de não o voltar a ver. Mas não posso deixar que isso aconteça. Agora sim, sei que o amor à primeira vista existe mesmo.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Coisas

Os dias vão passando, mas eu não me esqueço. Janeiro caminha para o fim, mas parece que Dezembro ainda está muito presente. Foi um mês de emoções fortes.
Penso em ti todos os dias. Várias vezes. Tenho saudades tuas. A incerteza de não saber se as vou poder matar está a dar comigo em louca. Questiono-me se terá sido tudo em vão. Questiono-me se pensas em mim e se aquilo que se passou entre nós teve algum significado para ti. Adorava compreender-te. Adorava que fosses sincero comigo sempre que te peço. Adorava que não fugisses às minhas perguntas. E odeio a importância que tens na minha vida. Odeio que sejas capaz de alterar o meu estado de espírito com essa facilidade toda. Acima de tudo, odeio o facto de gostar tanto de ti. Sei que nunca vou ser para ti aquilo que tu és para mim. Sei-o bem, com toda a certeza. Só gostava de saber, também, se te sou assim tão indiferente.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

...


Most of my life I felt alone, even when I was with people. That was until I met you.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Totally addicted

Distância

Decidi afastar-me. Perguntei-te se querias que o fizesse. Deste a volta à minha pergunta e não me respondeste. Quem cala consente. Afastei-me. Se custa? Sim, custa demasiado. Dói muito e a saudade mata-me aos poucos. Mas quis testar-te. Já tive que me afastar de ti uma vez, já sei o que vou sofrer e aquilo por que vou passar. Mas era importante fazer isto, agora. Para ver até que ponto sou importante para ti, até que ponto vais sentir a minha falta. Se não sentires, se eu não sou importante, então não vais voltar. E eu vou ter que aprender a viver sem ti. Outra vez.

(des)Equilibrio

Ela disse "Na minha vida, o equilíbrio é uma coisa fundamental." e olhou para mim com um ar de reprovação, como quem me chama de desequilibrada. Pois eu sou. A minha vida e, consequentemente eu, nunca foi equilibrada. Sou de extremos, sempre fui. Em tudo. Nas emoções, nos sentimentos e até na razão e na racionalidade. E duvido que mude algum dia. De qualquer das formas, sempre dei um jeito de ser feliz assim mesmo. Tal como sou. Desequilibrada.

Prioridades

Agora, a menos de um mês de ir embora, a minha prioridade é aproveitar estes últimos dias com aquelas pessoas que tornaram os últimos meses os melhores da minha vida. A minha prioridade é passar o máximo de tempo possível com eles porque, graças a eles, eu tenho a certeza de que a decisão de fazer Erasmus em Granada foi a melhor que eu podia ter tomado.
Exames, cadeiras e trabalhos posso faze-los em Portugal. Em Setembro, para o ano ou quando for possível. Como diz a minha mãe, eu não tenho que ter pressa para sair da faculdade.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Na noite de ontem

LM tem dores de cabeça insuportáveis.
LM desliga o computador.
LM tenta dormir.
LM não consegue dormir.
LM abre livro e começa a ler.
LM não consegue ler porque tem dores de cabeça insuportáveis.
LM tenta dormir.
LM não consegue dormir.
LM liga computador.
LM desliga computador porque tem dores de cabeça insuportáveis.
LM tenta dormir.
LM não consegue.

E foi assim a minha noite. Depois de tudo isto andei às voltas na cama e nada. Dores de cabeça muitas, sono nenhum. Estive acordada até às sete e meia da manhã. A minha sorte foi que ele também estava com uma insónia.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Casa

Não sei o que se passa comigo. Sinto-me sozinha. Sinto que não pertenço a lugar nenhum. Já alguma vez vos aconteceu? Gostava de conseguir transmitir tudo para o "papel", a ver se me sentia mais aliviada, mas não sei o que escrever. Só sei que sinto uma tristeza enorme. Só sei que hoje, mais do que nunca, queria estar em casa. Porque lá, por mais sozinha que me sinta, sei que não o estou verdadeiramente. Estou a morrer de saudades. E o que eu sofro com isso!
Esta noite foi horrível. Não conseguia adormecer e, quando finalmente caí no sono, tive um pesadelo terrível. Acordei tão assustada, a tremer, com o coração aos pulos e a cara encharcada de tanto chorar. Não consegui mais dormir o resto da noite, até amanhecer. Só queria ter a minha mãe aqui naquele momento, neste momento. Só queria sentir-me aconchegada.
Isto é estúpido, eu sei que é. Mas todos os dias procuro voos para Portugal. Porque algo me diz que não vou aguentar aqui mais um mês sem ir a casa. E o mais ridículo de tudo isto é que eu sei que quando voltar de vez, vou ter saudades daqui. Mas agora não sei como evitar isto que sinto. Estou triste, agoniada. Não consigo dormir bem, não tenho apetite. Falta-me motivação para tudo.
Só queria estar em casa.

domingo, 15 de janeiro de 2012

sábado, 14 de janeiro de 2012

Último mês

Começa agora o meu último mês em Granada. Tenho mixed feelings em relação a isso.

Nem pareço eu!

Já não me lembrava de passar uma semana em Granada sem sair à noite à quarta, quinta, sexta e sábado. Pois que esta semana, a minha primeira semana em Granada em 2012, só saí ontem. Desabituei-me deste ritmo louco e a verdade é que também não tenho estado com grande espírito para saídas. A noite foi boa, claro. Era o aniversário da Aless - uma das pessoas mais especiais que conheci aqui em Granada - e eu não podia deixar de ir. A festa em casa dela acabou com a polícia a mandar toda a gente embora. Nunca vi polícia tão antipática aqui em Granada e nunca pensei que uma simples fiesta de piso exigisse semelhante quantidade de agentes. Depois disso seguimos todos para a Chupiteria. Foi bom matar saudades de toda a gente. Foi bom saber que estas pessoas, apesar de me conhecerem há tão pouco tempo, sentiram a minha falta.
Claro que copos a mais e telemóvel na mão não dá bom resultado. E foi isso que aconteceu. Logo eu, que fico extremamente sentimental sempre que tenho álcool no sangue. Enfim.
Entretanto, cá estou eu sozinha em casa. Elas estão a adorar Sevilha e só regressam amanhã à noite. Eu cozinhei para mim, já jantei e já estou na cama. Sim, é sábado à noite. Não, não pareço eu!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Nas últimas duas noites foi assim


A ver como vai ser hoje.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Ser saudável

Hoje, pela primeira vez em toda a minha vida, fiz jogging. Agora o objectivo é continuar a correr todos os dias (ou quase todos), ao final da tarde. Hoje foram 45 minutos. Eu sei que é pouco, mas para quem já não corria desde as aulas de educação física já é uma grande coisa. Digo eu. Espero mesmo conseguir adquirir este hábito e espero, também, começar a gostar mais do exercício físico em si. Tenho a certeza que só me vai fazer bem. Ao corpo e à alma. Desejem-me sorte! :)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Fim-de-semana

Vou passá-lo sozinha. Elas vão para Sevilha. Eu tinha a opção de ir com elas ou de ir com outras duas amigas para Barcelona. Claro que a segunda opção me aliciava muito mais. Mas a verdade é que não vou. Vou ficar aqui sozinha. Tenho muito que estudar e muito que pensar. Pode ser que estes três dias sozinha me façam bem. Aliás, acho que é mesmo disso que preciso. Tempo para mim. Para pensar, para pôr as ideias em ordem. Tempo para usar e abusar dos meus horários estapafúrdios sem ter que dar justificações a ninguém. Tempo para organizar a minha cabeça e, quem sabe, o meu coração. Está na hora.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

É mesmo isto



This is me with another nervous breakdown
My pressure dropped, this body went with it
Memory fails, I'm feeling claustrophobic
I scream my silent pain in this big plain
There's no one here
Tell me who is there now
Who is there with you

(...)

Kiss me, is this a dream?
Should I believe it?
Please promise to me that I'm not going to get hurt this time.

Am I too good for you, am I just paranoid?
Should I clinical ou should I speak louder?
Maybe I should close my eyes for years
And wait for the strongest feeling
Out of all of the feelings
To raise from you.

domingo, 8 de janeiro de 2012

...

"Somos os dois tão carentes, tu e eu, que não conhecemos outra forma de atravessar a vida sem procurar desesperadamente tábuas de salvação afectivas. As mais evidentes são as pessoas com quem nos relacionamos de forma amorosa. Depois vêm os amigos e por fim as nossas famílias, que tanto trabalho nos deram durante a infância e adolescência, e que, de certa forma, criaram e alimentaram as fraquezas que escondemos do mundo, mas não de nós próprios... Amar sem esperar reciprocidade é uma doença silenciosa e traiçoeira como o cancro; quando damos por isso, o mal causado já se espalhou de tal forma que não é possível escapar. Eu escapei. Escapei ao fim de... longos anos de calvário auto-infligido... tu foste a minha última miragem, o derradeiro de todos os cavaleiros andantes, porventura o mais belo, construído pela minha paixão obstinada em perseguir um ideal, e seguramente o mais fraco quando, por fim, te consegui ver sem ser em cima do cavalo.... Estes e outros raciocínios do mesmo tipo denotam uma índole insegura e profundamente egoísta. Nunca sabes o que queres e vives tão perdido nas tuas dúvidas que nem sequer consegues perceber o mal que podes infligir aos outros. Faltam-te generosidade e empatia, bem como aquela qualidade tão rara quanto digna a que os ingleses chamam kindness... Só Deus sabe o caminho que percorri e quantas vezes tropecei para chegar até aqui. A tua natureza fugidia e arisca não é a tua primeira natureza, antes uma reacção à realidade que te confrontaste. Nunca te habituaste a dar.
Quis tanto que tu me amasses... não se pode querer isso dos outros, é uma violência para eles e para nós próprios. Uma violência e um disparate. Tu foste a minha grande aposta e a minha maior decepção."

O Dia em que Te Esqueci, Margarida Rebelo Pinto

Hola Granada!

Voltei. Voltei e sinto-me estranha. Sinto-me uma pessoa diferente. Parece que estas duas semanas que passei em Portugal foram dois anos e que a minha vida, durante esse espaço de tempo, mudou drasticamente.
Cheguei ontem, as 23.30, depois de 11 horas de viagem. Hoje acordei tarde e ainda não saí de casa. Nem vou sair. Não me apetece estar com ninguém. Mas elas chegam daqui a pouco e vou ter que as receber com um sorriso nos lábios. Já sei que vão querer falar sobre as férias, o Natal, a Passagem de Ano e as novidade. A mim não me apetece nada. Só me apetece estar na cama, com o meu saquinho de água quente e com o meu livro. Fazes-me Falta da Inês Pedrosa. Sim, já o li montes de vezes mas não me canso.
O pior é que tenho montes de trabalhos para fazer, coisas que tenho em atrasa há montes de tempo. Estou sem motivação. Sinto que já não pertenço aqui. Eu sei que isto vai mudar, mal reencontre a minha família Erasmus. Mas agora, neste momento, é assim que sinto.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Partida

Estou a poucas horas de partir e, na verdade, não me apetece nada. Sei que quando lá chegar, reencontrar aquela maravilhosa cidade e as encantadoras pessoas que habitam, vou ficar feliz. Mas neste momento, só quero continuar aqui, na Minha casa, no Meu espaço.
Odeio-me por isto. Odeio esta minha faceta, sempre descontente. Nunca estou bem onde estou ou com o que tenho. Ou quase nunca.
Bem, a ver se durmo um bocadinho porque, pela manhã, espera-me uma longa viagem de regresso.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

3 dias depois

Segunda-feira despedimo-nos. Era inevitável. Ele tinha que voltar à vida dele em Coimbra e eu, bem, eu também vou voltar para Granada em breve.
Três dias depois estou assim - angustiada, agoniada, melancólica. Acima de tudo, com saudades. Muitas saudades. Apesar do tempo ter sido pouco, o que vivemos foi intenso. E não me vou esquecer disso. Não me vou esquecer que ele tornou os meus dias cá em Portugal muito mais felizes. Tão felizes que a vontade incontrolável que eu tinha de voltar para Granada se foi desvanecendo, quase sem eu dar por isso.
Será que valeu a pena? Estes efémeros dias de felicidade compensam a solidão que sinto agora? Estou certa de que sim. Apesar de parecer que com a partida dele foi também uma parte de mim. Sinto muito a falta dele. Mas a verdade é que sempre senti.
Não foi um adeus. Pode também não ter sido um até já ou um até logo. Mas sei que não foi um adeus.

Até um dia.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Lá está

Ele

Dizem que eu mereço melhor. Já alguém me disse, até, que eu nas mãos dele sou só um brinquedo. Insistem em relembrar-me o que eu sofri por ele. Ao contrário do que essas pessoas pensam, eu não me esqueci do que sofri. Bem pelo contrário, tenho isso muito presente na minha vida. Eu não me esqueci que ele foi a pessoa que mais me fez sofrer em toda a minha vida e que me deixou uma ferida profunda que demorou muito tempo a sarar, cuja cicatriz vai ficar comigo para sempre. Ainda assim e, apesar de tudo isso, ele foi - sem sombra de dúvida - a melhor coisa que me aconteceu na vida. Disso ninguém fala. Ninguém fala do quanto eu fui feliz. Ninguém fala do sorriso que ele me deixa estampado na casa sempre que está comigo.
Eu não sou estúpida. Aprendi muita coisa com o que se passou da outra vez. Portanto, desta vez, já sei com quem estou a lidar. Sei que, a qualquer momento, ele pode voltar a desaparecer e eu posso ficar sem noticias dele durante mais dois anos. Por isso mesmo, agora não crio expectativas, não alimento esperanças. O que tiver de acontecer, acontecerá. Só não me digam para não estar com ele. Caramba, se ele me faz bem porque raio não hei-de estar com ele? Ainda por cima estive cá em Portugal tão pouco tempo... E as coisas boas da vida são para ser aproveitadas. Contra tudo e contra todos.
"A nossa história não acaba aqui."

2012

Pois que o ano começou da maneira mais surreal possível. A noite de passagem de ano foi tão agitada... Tanto que, quando contei à minha amiga Dé tudo o que tinha acontecido, a reacção dela foi: Foda-se, a mim nem num mês me acontecia tanta coisa!
Espanta-me como é que pessoas já na casa dos vinte são capazes de descer do tacão e fazer as maiores peixeiradas à frente de quem quer que seja. Ainda por cima sem motivo aparente. Tudo bem, a cachopa não gosta de mim. Ao que parece, ele deu-lhe com os pés por minha causa. Mas, atenção, eu nem sabia disso. E mesmo que soubesse que culpa tinha?! Já para não falar de que isso aconteceu há mais de dois anos. Entretanto ele já teve outros relacionamentos, já quase se casou. Porquê manter esse ódio todo por mim? Mas tudo bem, eu consigo viver com isso, juro que consigo. O que eu não percebo é o facto de todas as amigas dela também me odiarem. Ora bem, isso para mim já é outra coisa: infantilidade. Mas pronto, se elas fossem infantis no seio da sua amizade, a mim pouco me importava. Que façam de mim "assunto de café" quando estão todas juntas, eu não me ralo! Mas, por amor de Deus e de todos os santinhos, em plena noite de passagem de ano, armar o maior escândalo só porque ele estava comigo já é um bocadinho de mais, não? Ainda por cima não se passou nada entre nós, não houve nada de explícito. Podia perfeitamente haver, uma vez que nem ele nem eu - tanto quanto sei - devemos nada a ninguém. Mas mesmo assim, ela e as amigas perseguiram-nos a noite inteira, sem se preocuparem sequer em disfarçar. Óbvio que isso fez com que eu me sentisse desconfortável, principalmente no momento em que estávamos os dois a falar e ela chega lá, puxa-o por um braço e desata aos berros com ele. A falar de quem? De mim obviamente.
O que vale é que nem assim me conseguiram estragar a noite. Apesar destes tristes momentos, a noite valeu a pena. Estive com os meus amigos de sempre (alguns que já não via há muito tempo) e encontrei pessoas que não estava nada à espera de encontrar. E a noite acabou com ele, não da melhor forma (um pneu furado e uma jante partida) mas, ainda assim, com ele. E isso para mim é o mais importante.

Frase do Mês #24