Agora que já passaram alguns meses, acho que já consigo transpor-me para o lado de fora de toda a história e, assim, ver as coisas de uma perspectiva mais racional. Já alguém disse um dia que o tempo nada cura, mas tudo atenua. Feliz ou infelizmente, quem o disse, disse-o com toda a razão. O sentimento não mudou. Gosto dele com a mesma força que gostava há sete meses atrás. Ou se calhar com mais ainda. Se sinto a falta dele? Todos os dias. E com a mesma intensidade que senti a partir do instante em que ele se foi embora. Ou se calhar com mais ainda. O que mudou foi a forma como aprendi a lidar com essa falta. Ainda choro, mas agora choro baixinho do escuro do meu quarto. Ainda penso nos momentos que vivemos e nos que não chegamos a viver. Mas agora já não falo, já não exteriorizo. Com o tempo, aprendi que, afinal e ao contrário do que as pessoas teimam em dizer, custa menos sofrer na solidão. Aprendi que por maior que seja o problema, as pessoas não param de viver as suas vidas, a sua rotina, para ajudar ninguém. Aprendi que o orgulho pode ser o pior inimigo até da relação mais sólida. Com o tempo, aprendi que a integridade é aquilo que de mais nosso e precioso temos e que, por isso mesmo, não devemos nunca, por nada nem por ninguém, abdicar dela. Acima de tudo, aprendi que muito mais do que um “quero ficar contigo para sempre” ou até mesmo de um “amo-te”, aquilo que eu mais queria e mais precisava de ouvir era um “desculpa”. Só isso – um pedido de desculpas sincero e sentido.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Aprender
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