domingo, 16 de maio de 2010

Pragas


Alguém me anda a rogar pragas. É que só pode ser. É a única justificação que encontro para tudo o que me tem acontecido nos últimos tempos. E olhem que eu até sou bastante céptica no que toca a estas temáticas. Mas desta vez tenho de me render às evidências.
Então não é que não preguei olho a noite toda por culpa de um fulminante ataque de tosse que me deu? Vocês não estão bem a visualizar a dimensão da coisa. Eu não dormi sequer um minuto. Não conseguia parar de tossir. Desesperei completamente. Depois de beber chá de limão com mel, comer mel às colheradas e de tentar outras receitas caseiras que, normalmente, costumam solucionar este tipo de problemas, já não sabia o que mais fazer. Às seis da manhã acorda a minha mãe que, coitada, também não tinha solução para a minha crise. Posto isto, regressa ao bem bom da sua caminha, deixando aqui a menina muitíssimo bem acompanhada pela sua tosse. Às nove volta a acordar e diz-me que vai procurar a farmácia de serviço mais próxima, antes que me desse um ataque cardíaco. Pois que foi e o que é que lhe disseram? Ah e tal, ela que continue a tomar o medicamento que está a tomar, que isso há-de lhe passar. Nisto, continuava eu a tossir como se não houvesse amanhã. Sentia-me a arder, desde o esófago até ao estômago. Tinha vómitos de tanto tossir. Achei sinceramente que ia desta para melhor. Por volta do meio-dia, consegui finalmente adormecer. Acordo muito sobressaltada, às quatro da tarde. Porquê? Porque, como se já não bastasse a noite atribulada que tinha tido, quando adormeço, tenho um pesadelo horrível. Sonhei que um dos meus melhores amigos tinha morrido. A partir daí, não consegui voltar a adormecer. Estando já mais calma da minha tosse, levanto-me da cama, tomo um banhinho, almoço, arranjo-me e siga para o cafézinho da esquina estudar um bocadinho, que isto de desperdiçar um dia inteiro não está com nada. Chego ao dito café e estava cheio. Muito bom! Sigo para o café seguinte e estava fechado. Melhor ainda! Regresso a casa com a convicção de não mais voltar a sair, não vá ser atropelada ou vítima de uma bala perdida.
Se não é praga, o que é que poderá ser? Questiono-me.

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