quarta-feira, 9 de junho de 2010

É mais ou menos isto


Sei que, mais cedo ou mais tarde, vai surgir outra pessoa. E também sei que, muito provavelmente só nessa altura é que eu vou conseguir esquece-lo completamente. Mas, para já, a ferida ainda não sarou. Apesar de já terem passado uns meses, sinto que ainda é tudo muito recente. Daí estas coisas mexerem tanto comigo. Para já, sinto-me agoniada só de pensar nele com outra pessoa ao seu lado que não eu. Sei que não tenho esse direito. Mas não consigo evitar a reviravolta que sinto no estômago e o arrepio que me sobe pela espinha sempre que penso nisso.
Não gosto que relativizem aquilo que sinto. Não gosto que pensem que sou demasiado dramática. Partiram-me o coração em mais de mil bocadinhos. E agora vai demorar algum tempo para conseguir juntá-los a todos. Li uma vez que algo partido pode sempre ser arranjado, mas nunca voltará a ser o que era. Eu vou esforçar-me ao máximo. Esforço-me todos os dias. Mas dói. Não vou dizer que não, porque dói muito. Se vou conseguir? Sim. E quero acreditar que, realmente, tudo aquilo que não me mata só me pode tornar mais forte. Se não me tornar mais forte, tornar-me-á , com certeza, mais fria, mais distante a mais racional.
Isto é mais ou menos como largar um vício. Tem de ser aos poucos e poucos. Cada dia é uma vitória alcançada, apesar de existir sempre a saudade de, a vontade de. Dizem as novas teorias sobre a adição que agarrado uma vez, agarrado toda a vida.

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