Enterram-se ou não na areia?
Pode parecer estúpido, mas já pensei muito sobre esta questão. Penso muito no amor, no geral e, recentemente, tenho pensado neste tipo de amor em específico. Antes de mais, será que podemos catalogar o amor em vários tipos? Não sei de podemos, mas sei que o vou fazer neste caso concreto. Dando seguimento ao raciocínio anterior, é verdade, tenho pensado bastante sobre os amores de Verão. Não sei se será pelo aproximar da estação em causa, se por já ter tido um grande amor destes no passado e por me ter lembrado dele presentemente, não sei… Sei que acho que é preciso saber distinguir entre aquilo que é uma simples paixoneta, uma curte e aquilo que é um amor avassalador que só acaba porque o Verão (e tudo na vida) tem um fim. São esses amores - os avassaladores - que nos deixam de coração despedaçado quando têm de acabar, que nos fazem chorar, chorar e chorar quando nos despedimos. São amores inesquecíveis.
Aqui, falo no meu caso concreto. O meu único e grande amor de Verão foi vivido há dois anos, no Algarve. Estávamos mesmo apaixonados. Vivemos de forma muito intensa aqueles quinze dias, da forma mais intensa possível. Mas ele era de Lisboa e eu do Porto, o que significava que acabando as férias, acabava também aquilo que nós tínhamos. E esse momento chegou. E nós choramos muito. Eu pensei que não ia conseguir viver sem ele, ele pensou que não ia conseguia viver sem mim. Fizemos mil e um planos para nos visitarmos, no mínimo, uma vez por mês até chegar o Verão seguinte. Quantas vezes tornamos esses planos realidade? Nenhuma. No inicio a distância doeu muito. Mas depois passou, a pouco e pouco, e aquele que foi o mais quente Verão foi dando lugar a um Outono glacial. O amor, esse, ficou realmente enterrado na areia daquela praia em que fomos tão felizes juntos. As boas recordações, essas, permanecem na memória, tão vivas como se não tivessem passado dois anos. E vão permanecer sempre.
No ano anterior a esse, uma prima minha tinha acabado um relacionamento de oito anos. Como sempre, foi para o Algarve connosco. Mas desta vez sozinha. Até que numa noite mais quente e mais bebida, acabou por se envolver com um amigo do irmão. Passaram o resto das férias juntos. Claro que toda a gente achava que acabado o Verão, acabava a paixão também, até porque ela era de Lisboa e ele do Algarve. Além disso, ela tinha saído há pouco tempo de uma relação de oito anos que tinha acabado mal, por isso não ia atirar-se assim de cabeça para um novo amor.
Dia 26 de Junho de 2010, esse mesmo casal casa-se, nessa mesma praia onde tudo começou. Parece que toda a gente se enganou e parece, também, que este (aparente) amor de Verão, não foi enterrado na areia.
Pode parecer estúpido, mas já pensei muito sobre esta questão. Penso muito no amor, no geral e, recentemente, tenho pensado neste tipo de amor em específico. Antes de mais, será que podemos catalogar o amor em vários tipos? Não sei de podemos, mas sei que o vou fazer neste caso concreto. Dando seguimento ao raciocínio anterior, é verdade, tenho pensado bastante sobre os amores de Verão. Não sei se será pelo aproximar da estação em causa, se por já ter tido um grande amor destes no passado e por me ter lembrado dele presentemente, não sei… Sei que acho que é preciso saber distinguir entre aquilo que é uma simples paixoneta, uma curte e aquilo que é um amor avassalador que só acaba porque o Verão (e tudo na vida) tem um fim. São esses amores - os avassaladores - que nos deixam de coração despedaçado quando têm de acabar, que nos fazem chorar, chorar e chorar quando nos despedimos. São amores inesquecíveis.
Aqui, falo no meu caso concreto. O meu único e grande amor de Verão foi vivido há dois anos, no Algarve. Estávamos mesmo apaixonados. Vivemos de forma muito intensa aqueles quinze dias, da forma mais intensa possível. Mas ele era de Lisboa e eu do Porto, o que significava que acabando as férias, acabava também aquilo que nós tínhamos. E esse momento chegou. E nós choramos muito. Eu pensei que não ia conseguir viver sem ele, ele pensou que não ia conseguia viver sem mim. Fizemos mil e um planos para nos visitarmos, no mínimo, uma vez por mês até chegar o Verão seguinte. Quantas vezes tornamos esses planos realidade? Nenhuma. No inicio a distância doeu muito. Mas depois passou, a pouco e pouco, e aquele que foi o mais quente Verão foi dando lugar a um Outono glacial. O amor, esse, ficou realmente enterrado na areia daquela praia em que fomos tão felizes juntos. As boas recordações, essas, permanecem na memória, tão vivas como se não tivessem passado dois anos. E vão permanecer sempre.
No ano anterior a esse, uma prima minha tinha acabado um relacionamento de oito anos. Como sempre, foi para o Algarve connosco. Mas desta vez sozinha. Até que numa noite mais quente e mais bebida, acabou por se envolver com um amigo do irmão. Passaram o resto das férias juntos. Claro que toda a gente achava que acabado o Verão, acabava a paixão também, até porque ela era de Lisboa e ele do Algarve. Além disso, ela tinha saído há pouco tempo de uma relação de oito anos que tinha acabado mal, por isso não ia atirar-se assim de cabeça para um novo amor.
Dia 26 de Junho de 2010, esse mesmo casal casa-se, nessa mesma praia onde tudo começou. Parece que toda a gente se enganou e parece, também, que este (aparente) amor de Verão, não foi enterrado na areia.
«O meu único e grande amor de Verão foi vivido há dois anos, no Algarve».
ResponderEliminarEsta frase diz-me tanto.. a minha história também foi assim, ha dois anos, no Algarve. Só que o meu prolongou-se outono fora.. Ah! e a minha prima casou-se nesse ano, com o namorado de longa data que conhecera na mesma praia, no Algarve. Ela do Porto, ele de Lisboa :) *