Lembras-te de me dizeres “aposto que um dia te vais fartar de mim”? Eu respondia, com precisão e certeza, como quem antecipa uma desgraça, não, quem se vai fartar de mim és tu. E tu amuavas, lembras-te? Atiravas-me à cara que eu não gostava de ti da mesma maneira que tu gostavas de mim. E dizias que eu não te queria com a mesma intensidade que tu me querias. Acreditavas mesmo nisso? Não, era tudo da boca para fora. Tu sabias o quanto eu gostava de ti, o quanto eu te queria. Ainda gosto, ainda quero.
O que é que mudou? Eu sou a mesma pessoa. E tu? Continuas o mesmo? Não. Não sei se mudaste ou se a pessoa que eu conhecia era somente um personagem. Só sei que tu não és o mesmo desses tempos.
Toda a gente diz para eu avançar. Acham-me estúpida, acham-me burra. Não, ninguém tem coragem de mo dizer, mas há coisas que não precisam de ser pronunciadas. Os olhos falam, sabes? Por isso é que eu te queria ver, nem que fosse uma última vez. Quero ver os teus olhos. E quero ouvir-te falar enquanto olho para eles. Tu prometeste que aquele não seria o nosso último beijo, lembras-te?
O que é que mudou? Tem de ter acontecido alguma coisa. As pessoas não mudam assim, da noite para o dia. Será que tu não te importas minimamente com aquilo que eu sinto? Será que consegues dormir tranquilo à noite? Será que já não pensas em mim? Consegues viver feliz, sabendo que existe alguém a sofrer por tua causa e, pior ainda, sabendo que está ao teu alcance mudar isso?
Eu só queria perceber, só queria uma conversa. Reduziste-me a isto. A uma espera incessante. Eu vivo à espera que me digas alguma coisa, vivo à espera que tomes uma decisão. E sim, eu ainda espero que isto tudo não passe de um pesadelo. Eu sei que devia avançar. Eu sei que seria o melhor a fazer, por mim. Mas não consigo. Ninguém percebe isso. Não me sais da cabeça nem por um minuto. E choro, choro, choro. Como se chorar resolvesse algum dos meus problemas. E lembro-me de tudo, até dos pormenores mais insignificantes. Agora têm muito mais importância. Todos aqueles momentos, todas as palavras, todas as brincadeiras, todas as vezes que me calaste com um beijo a meio de uma frase… Tudo isso tem agora muito mais importância. Sabes por quê? Porque, bem lá no fundo, eu sei que esses momentos são irrepetíveis. Não quero aceitar, mas sei-o.
Disseste que aos trinta me punhas um anel no dedo. Lembras-te?
O que é que mudou? Eu sou a mesma pessoa. E tu? Continuas o mesmo? Não. Não sei se mudaste ou se a pessoa que eu conhecia era somente um personagem. Só sei que tu não és o mesmo desses tempos.
Toda a gente diz para eu avançar. Acham-me estúpida, acham-me burra. Não, ninguém tem coragem de mo dizer, mas há coisas que não precisam de ser pronunciadas. Os olhos falam, sabes? Por isso é que eu te queria ver, nem que fosse uma última vez. Quero ver os teus olhos. E quero ouvir-te falar enquanto olho para eles. Tu prometeste que aquele não seria o nosso último beijo, lembras-te?
O que é que mudou? Tem de ter acontecido alguma coisa. As pessoas não mudam assim, da noite para o dia. Será que tu não te importas minimamente com aquilo que eu sinto? Será que consegues dormir tranquilo à noite? Será que já não pensas em mim? Consegues viver feliz, sabendo que existe alguém a sofrer por tua causa e, pior ainda, sabendo que está ao teu alcance mudar isso?
Eu só queria perceber, só queria uma conversa. Reduziste-me a isto. A uma espera incessante. Eu vivo à espera que me digas alguma coisa, vivo à espera que tomes uma decisão. E sim, eu ainda espero que isto tudo não passe de um pesadelo. Eu sei que devia avançar. Eu sei que seria o melhor a fazer, por mim. Mas não consigo. Ninguém percebe isso. Não me sais da cabeça nem por um minuto. E choro, choro, choro. Como se chorar resolvesse algum dos meus problemas. E lembro-me de tudo, até dos pormenores mais insignificantes. Agora têm muito mais importância. Todos aqueles momentos, todas as palavras, todas as brincadeiras, todas as vezes que me calaste com um beijo a meio de uma frase… Tudo isso tem agora muito mais importância. Sabes por quê? Porque, bem lá no fundo, eu sei que esses momentos são irrepetíveis. Não quero aceitar, mas sei-o.
Disseste que aos trinta me punhas um anel no dedo. Lembras-te?