terça-feira, 24 de dezembro de 2013

(Porque o Natal também é nostalgia)

É engraçado. Sei dizer especificamente o momento em que me apaixonei por ti. Aquele instante que mudou tudo. Aquele segundo em que perguntei, de forma discreta, logo depois de te ter cumprimentado, “quem é este teu amigo?”. Uma resposta. Olhei para ti, “ah, então é ele!”. Pois, é ele, ele é que é o tal. Isto aconteceu. Foi ali, naquele momento. Lembro-me como se tivesse sido agora mesmo. E sinto o coração a bater mais depressa, tal como senti ali, naquele sítio, naquela noite. Desde esse dia que me apaixonei e me desapaixonei por ti mil vezes, um milhão de vezes. Apaixono-me por ti sempre que te olho nos olhos. Sempre que te vejo sorrir. As tuas covinhas são o meu ponto fraco. E é aí que me desapaixono. Quando tenho a perceção perfeita de que me dominas, de que estou presa a ti. Estou presa em ti e não sei como me libertar. E aquela liberdade que eu tinha, que eu tanto valorizava e gabava a todos? Roubaste-ma naquele instante, no instante em que me apaixonei por ti.
É engraçado. Sei dizer especificamente o momento em que me deste a mão pela primeira vez. E eu, que já estava apaixonada, apaixonei-me outra vez. E outra e outra e outra. Vezes incontáveis, seguidas, num mesmo momento. Apaixonei-me todos os 365 dias em que não te vi, em que não te toquei, em que muitas vezes nem te falei nem ouvi a tua voz.
Apaixonei-me outra vez no momento em que não me quiseste. A rejeição tem destas coisas. Conhecemo-nos no momento errado, dizias tu. Ainda que nos tivéssemos conhecido há tantos anos atrás, quando ainda nem sabendo o que era o amor, nos amamos perdidamente. Da forma mais pura, como só as crianças sabem amar. Nunca disse que te amava. Nunca disse que te adorava. Nunca sequer disse que estava apaixonada por ti.

Estou apaixonada por ti. Adoro-te. Amo-te. Agora, neste preciso momento. Sei que no próximo segundo me vou desapaixonar. No momento em que a consciência voltar. “Ele não me quer, odeio-o!”. Por fim, fecho os olhos. Amo-te outra vez.  

sábado, 27 de julho de 2013

Um ano depois

E agora, a umas horas de ele chegar, sinto-me completamente perdida. O coração bate acelerado e sinto vontade de chorar. Sei que se chama ansiedade e que é normal, tento mentalizar-me disso. Mas estou demasiado nervosa. Não consigo deixar de pensar no enorme "SE" que me assombra há um ano. E se não correr bem? E se nada for como eu esperava? E se ele voltar uma pessoa completamente diferente? E se eu me tiver tornado numa pessoa completamente diferente? E se formos demasiadamente diferentes um do outro? 
Bem sei que devia pensar positivo e no quão bom é ele estar de volta. É claro que me sinto feliz pelo regresso dele, mas, ao mesmo tempo, este aperto enorme no peito quase não me deixa respirar.

domingo, 7 de julho de 2013

sexta-feira, 24 de maio de 2013

#sentimentosmudam

Quando gostamos verdadeiramente de alguém, quando estamos mesmo apaixonados não conseguimos - ou é, pelo menos, muito difícil - imaginarmos-nos sem nutrirmos esse sentimento por essa pessoa. Não quer dizer que achamos que o sentimento vai durar para sempre, mas parece que nos esquecemos de como nos sentíamos antes daquela pessoa aparecer e de o sentimento surgir e, por isso, não nos conseguimos projectar no futuro sem incluirmos esse mesmo sentimento. Ele (re)apareceu na minha vida há quase 10 meses atrás e eu apaixonei-me. A partir desse momento nunca pensei no que seria viver sem estar apaixonada por ele. Sabia que ele ia viver um ano para fora, projectei muitos cenários para "nós", mas em nenhum deles eu deixava de sentir o que sentia. Por isso, agora, me sinto tão estranha. Saber que faltam pouco mais de dois meses para ele voltar e que passei nove meses sempre com ele no meu coração, com um sentimento tão profundo, tão íntimo... E agora - puff! - ele continua a ser especial, continuo a querer que ele volte e a querer vê-lo de novo, mas a ansiedade não é a mesma, a vontade não é a mesma e o sentimento... temo que também já não seja o mesmo. 

terça-feira, 14 de maio de 2013

E, pela primeira vez ao fim de muitos meses, voltei a sentir borboletas na barriga.
Do outro lado do oceano não recebo nada mais do que um silêncio gelado. A ver se daqui a três meses, quando a distância findar, já não é tarde demais.

sábado, 4 de maio de 2013

Palavra

Vivo convencida de que o esqueci. Vivo convencida de que posso viver sem ele. Interiorizo isso e chego mesmo a acreditar. Depois bebo uns copos, divirto-me. Sempre a fingir que ele não existe e que nunca existiu. Se me quero referir a ele digo "tinha uma amigo meu que...". Não digo o nome dele. Controlo-me e levo a promessa que fiz a mim mesma a sério. Mas quando chego a casa, tonta e sozinha, enganada pelo álcool que me corre no sangue, só o vejo a ele. Sou invadida por uma vontade enorme de lhe falar, como se a minha vida dependesse disso. Sinto a falta dele e dói-me como se me arrancassem o coração a sangue frio. Mais uma vez controlo-me, mas concluo que isso me custa mais do que a humilhação de ser desprezada.
Mas fiz uma promessa a mim mesma. Palavra de honra. 

terça-feira, 16 de abril de 2013

Aquele momento em que concluis que aquela pessoa de quem tu gostas muito, demasiado, genuinamente, te trás mais coisas más do que boas. Não em quantidade (porque as coisas más são efectivamente menos), mas em força. As coisas boas já não se sobrepõem às más, já não as anulam. Percebes que sofrer é uma opção e que não queres seguir esse caminho. E nessa altura choras. De tristeza, de desapontamento mas, acima de tudo, de alívio. Admites que o "SE" é do tamanho do oceano que vos separa. Pões um ponto final, fazes juras e promessas a ti mesma e segues em frente. Não olhas para trás porque sabes que se o fizeres, jamais voltarás a olhar para a frente.

"Fim!"

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Oito meses depois

Se o final valer a pena, o caminho não importa.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Carta que nunca te escrevi #3

Levou algum tempo, mas percebi. Ao fim destes meses que pareceram anos - meses que me envelheceram mais do que os vinte e dois anos que já vivi - percebi que me apaixonei pela imagem que criei de ti. Idealizei-te uma pessoa que poderás não ser. E assim criei expectativas que poderás não ser capaz de cumprir, porque és humano e ou humanos falham ou simplesmente por não teres interesse. E isso não é condenável. Não te posso condenar por não seres a pessoa que eu queria que tu fosses. E então, ao fim deste tempo todo, percebi que tenho duas opções: ou aprender a amar a pessoa que és e não aquela que eu idealizei que serias ou, então, esquecer-te, simplesmente. 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

frio

É engraçado como consegues suportar o frio do inverno, consegues suportar a água gelada do mar do norte, consegues suportar o vento e a chuva gelados. Mas quando se trata da frieza de uma pessoa que te é querida, custa tanto suportar. 

quinta-feira, 28 de março de 2013

22

Vinte e dois anos depois concluo que este dia - o meu dia de anos -  tem sido um dia para a tomada de grande decisões. Normalmente essas decisões envolvem o apagar de pessoas da minha vida. E pronto, está tudo dito. Feliz aniversário para mim! 

quarta-feira, 20 de março de 2013

P.S.

"Por ti eu iria até a lua e voltava. Escalaria o Monte Everest e gritaria o teu nome. Iria até o Alaska a pé e traria uma flor de lá para ti. Nadaria o oceano todo só para te ver. Não há nada que eu não faria. Não te esqueças, domingo estarei aí para te ver. 

P.S.: Vou, se não chover!"


terça-feira, 19 de março de 2013

Carta que nunca te escrevi #2

Sonho-te muitas vezes. Sonho-te quase todas as noites. No inicio eram sonhos dos bons, daqueles em que quando acordas sentes pena por ter sido apenas um sonho. Depois começaram a piorar. Agora sonho-te sempre diferente daquela imagem que criei de ti e que tento manter, contra tudo e contra todos. Nos meus sonhos apareces-me morto ou a morrer. Ou então portas-te mal, fazes coisas impensáveis e magoas-me muito. Numa destas noites sonhei que eu estava a morrer e que tu ias surfar em vez de me ires visitar ao hospital em que eu estava, moribunda. Acordo agoniada, assustada. Com medo.
Acordada tento sempre sonhar-te de outra forma. A fazeres-me boas surpresas e a mostrares-me que tudo valeu a pena. 
No fundo acho (sei) que tenho muito medo que não voltes aquela pessoa que eu idealizo. Tento não ter expectativas, não esperar o bom nem o mau. Mas é inevitável! 

sábado, 16 de março de 2013

cenas

Aquele momento em que já não sabes se queres que o tempo passe ou pare.

quarta-feira, 13 de março de 2013

terça-feira, 12 de março de 2013

Sete meses depois

Sete meses volvidos. Duzentos e um dias passados. E por mim passou também um imenso turbilhão de sentimentos.
Raiva.
Desespero.
Preocupação.
Esperança.
Amor incondicional.
Mágoa.
Saudade.
Arrependimento.
Agora? Começo a achar que a dor de um "até já" é pior que a dor de um "até nunca". E os dias vão passando e as notícias não chegam. Seremos estranhos, outra vez?

quinta-feira, 7 de março de 2013

Carta que nunca te escrevi

Dou por mim a ler mensagens tuas de há sete meses atrás. Leio também conversas que fomos tendo, entretanto, via facebook. Soubesse eu da falta que me irias fazer e teria gravado até as nossas conversas por skype. Tudo meras tentativas de te sentir aqui, mais perto de mim. E às vezes sinto. Quando estou prestes a adormecer, naquele limbo que separa os sonhos da vida real, sinto-te bem juntinho a mim, como se os nossos corpos tivessem sido esculpidos para encaixarem perfeitamente um no outro.  
Às vezes sinto-me tão perto, apesar de te consciência de que estás aí - tão longe. Mas outras vezes parece que estamos mais distantes do que nunca, como se em vez de estares noutro país, noutro continente, estivesses noutro mundo, noutra galáxia, noutro tempo que não o meu. 
Tempo.
Distância.
Nunca duas palavras conjugadas tiveram tanto impacto na minha vida. Mas o que me conforta é saber que cada dia que passa a distância entre nós fica mais curta.

terça-feira, 5 de março de 2013

teorias

Em Psicologia Social fala-se muito da Teoria Atribucional de Heider. De uma forma muito geral, esta teoria foca-se no modo como atribuímos características às pessoas e na tendência que temos para as atribuirmos de forma diferente consoante gostamos ou não da pessoa em causa. Ou seja, quando alguém de quem nós gostamos tem um comportamento errado, temos tendência a responsabilizar o contexto, algo extrínseco à própria pessoa. Mas caso alguém por quem não nutrimos uma especial simpatia se porta mal a tendência é oposta, isto é, achamos sempre que a pessoa se portou assim devido a uma qualquer característica sua menos positiva e, certamente, interna a ela. Um exemplo muito simples: se alguém de quem nós gostamos tira uma nota medíocre num exame, foi o azar; se tira a melhor nota da turma foi devido à sua inteligência largos pontos acima da média. À primeira vista esta teoria parece um pouco simplista e até redundante. Mas se olharmos com alguma atenção para quilo que se passa à nossa volta, ficaremos impressionados com a facilidade com que podemos comprová-la.
Ontem, depois de ter vindo de tomar café com elas, dei por mim a pensar sobre relações e até que ponto esta teoria se aplicaria a elas. E cheguei a uma conclusão curiosa. 
é do conhecimento comum que quando estamos apaixonados as nossas capacidades de discernimento ficam significativamente comprometidas. E é aqui que a Teoria Atribucional se encaixa. Quero com isto dizer o seguinte: no que toca a relações, quando a pessoa que amamos se porta mal connosco ao fim de um grande (ou pequeno - que, normalmente, quando se trata de amor, o tempo tem pouca ou nenhuma importância) período de felicidade, a tendência é pensarmos que essa pessoa é, afinal, um animal. "Como é que eu pude ser tão burra ao ponto de acreditar que ele era uma boa pessoa?" e assim se inicia um longo tempo de auto-comiseração, qual drama de novela mexicana de terceira categoria. Achamos que a pessoa se portou mal porque é má e pronto. E essa certeza não nos sai da cabeça, no matter what. 
Em contrapartida, quando o contrário acontece, o mesmo não se verifica. Se a pessoa por quem estamos apaixonados sempre nos tratou mal e porcamente e nunca nos deu o mínimo valor, mas depois nos compensa e nos começa a tratar que nem rainhas, "ah e tal , ele estava a passar por uma fase difícil, foi só uma reacção às circunstâncias da vida" e apagamos da nossa memória tudo o que foi mau como se nunca sequer tivesse acontecido. 
Se não vejamos e tomemos com exemplo duas das minhas "histórias". O P. sempre foi um anormal comigo. Fazia-me sentir pequena, insegura, inferior a tudo e a todos. Mas bastava fazer a mínima demonstração de afecto para eu o desculpabilizar com a tão aclamada "vida". E foi assim, durante mais de dois anos até eu, finalmente me desapaixonar. 
E tão como a água é diferente do vinho, o J. é diferente do P.. O J. sempre foi impecável comigo. Quanto estivemos juntos tratou-me com todo o respeito e carinho quanto se deve tratar alguém de quem gostamos. E mesmo depois de se ter ido embora e com um oceano entre nós continuou a tratar-me assim. Ao fim de meses mudou. E o que é que eu achei imediatamente? Que ele era um animal, que tudo o que tínhamos vivido antes tinha sido uma mentira e blá blá blá, coitadinha de mim, auto-comiseração. Desta vez não foi preciso desapaixonar-me. Continuo apaixonada. Mas agora consigo ver que aquilo que vivemos foi verdadeiro e que ele não passou a tratar-me menos bem por ser má pessoa. Ele é uma pessoa incrível, mas está no outro lado do mundo e a distância é uma batalha inglória que jamais poderei - ou poderemos - vencer. 
Então, no que toca a relações, será que a teoria se distancia assim tanto da realidade? Será que conseguimos ser imparciais e colocar de parte os nossos sentimentos quando nos vemos obrigados a atribuir características aos outros? No meio das interrogações fica uma certeza: ele persiste em ser uma boa pessoa neste mundo que a cada segundo nos alicia a sermos feios, porcos e maus. Ele é uma excelente pessoa e pessoas assim merecem a nossa espera. 

sábado, 2 de março de 2013

Reinventar provérbios

"Depois da tempestade...

... Vem o furacão!"

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Sinais?!

Sonhas que o "teu homem" que está a viver no outro lado do oceano há quase sete meses engravida uma qualquer cabra moça de lá;
Algumas horas depois, deparas-te acidentalmente com era imagem:
Depois, quando o confrontas com tudo isto, ele diz que ainda ontem à noite falou sobre este tema.
Pior!!! Diz-te ficar assustado.

Ok, se calhar é nesta altura que abandono a minha postura zen e me começo a preocupar, não?



Obs.: Sim, ele chama-se João.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Dream Dresses @ Oscars 2013

Jennifer Lawrence, Dior 

 Charlize Theron, Christian Dior Haut Couture

 Naomi Wats, Armani

 Amy Adams, Oscar de la Renta

 Amanda Seyfried, Alexander McQueen

 Jennifer Garner, Gucci

 Jennifer Hudson, Roberto Cavalli Couture

 Nancy O'Dell, Chagoury Couture

Sandra Bullok, Elie Saab

sábado, 23 de fevereiro de 2013

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

déjà vu

Estava no carro com o meu pai e com os meus tios. Íamos a casa de um grande amigo do meu pai e do meu tio, que fazia anos. (Fui arrastada para lá, como é óbvio, não tinha o menor interesse em ir a uma festa de 60 anos, menos ainda quando tinha gente da minha faixa etária à minha espera para tomar café!). Era de noite e eu, como pessoa desorientada que sou, estava distraída e já não sabia em que sítio da invicta é que estava. De repente, déjà vu! Estava na rua dele. Soltei um "já aqui estive, um dia...". O coração acelerou e fiquei com pele de galinha. Estacionámos o carro. Eu não sabia qual era a casa do amigo do meu pai, mas apercebi-me, à medida que nos íamos dirigindo para lá, que era no prédio dele. Subi as escadas a tremer e pensei mesmo que a qualquer momento ia cair para o lado. Tentei disfarçar. Quando entrámos na dita casa ela era igual à dele. Durante as duas horas e meia em que lá estive, senti-me desconfortável. Afinal eu estava ali, naquela casa que era exactamente igual àquela em que eu estive há mais de seis meses. Mas tão diferente. E, ainda que com mais de vinte pessoas lá dentro, tão vazia. (É assim que me sinto!).

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Aquele momento em que...

... sentes que a tua vida está tão confusa, tão confusa, que tu própria não te consegues encontrar no meio de tamanha confusão. Sentes a cabeça a mil, dez mim, cem mim à hora.. prestes a explodir a qualquer momento. E sentes-te tão perdida que não fazes a menor ideia daquilo que deves fazer. Não sabes sequer aquilo que queres fazer. Pedes com toda a força que tens que estes próximos seis meses passem a voar. Tens medo de não aguentar mais. Sabes que precisas de respostas imediatamente. Mas sabes que só as vais ter quando ele voltar.
Pela primeira vez tens noção de que a distância emocional é muito mais poderosa do que a física. E tens medo. Tens muito medo


sábado, 16 de fevereiro de 2013

...

Sinto tanto a tua falta! É estranho, estúpido até. Tão pouco tempo juntos, tanto tempo separados e tanta saudade. Faz sentido? Não sei. Mas sei que te sinto dentro de mim, ainda que estejas a milhares e milhares de quilómetros de distância, num outro continente deste mundo que cada vez me parece maior. Sinto tanto a tua falta! Escrevo-o porque não o consigo verbalizar. Talvez porque se o disser em voz alta vou estar a admitir um sentimento que traz consigo muitas outras coisas. Mas é verdade. Fazes-me falta todos os dias desde o dia em que te foste embora. Não me consigo desligar de ti. Acho que é algo místico. Eu acredito no destino, sabes? Não como uma coisa rígida  mas acredito. E tem que haver algum motivo para ele ter decido que ao fim destes anos nos deveríamos encontrar de novo. Tantos anos sem saber de ti, tantos anos sem te ver, sem te pensar, sem te querer. E depois, uma semana mágica e um ano de distância, outra vez. Achas que é o destino a querer testar-nos? Ou a querer testar-me a mim? Estas e muitas mais perguntas para as quais não tenho resposta. A única certeza que tenho é que te quero com tudo aquilo que sou. Todos os dias da minha vida.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Do dia dos namorados (assim mesmo em minúsculas)

Possivelmente estarás a dormir quando te escrevo esta carta, são 4.04 da manhã. Falei contigo hoje por duas vezes e por duas vezes tive a mesma sensação de perceber que tudo aquilo que eu quero é algo muito parecido a ti. Não sei se és tu, mas parece-me que a haver alguém com as tuas características, é essa pessoa que eu quero. Quero alguém como tu e desde que te conheci que a procuro de forma incansável, na esperança que alguém se assemelhe a ti, que se aproxime do que sinto por ti, que me saiba a ti, que me deixe a pensar-te, a imaginar-te o que fazes a esta hora, onde e como estarás. Mas isto, sem que não o percebas e não te incomodes mais, de forma a que sejamos só amigos como tu pretendes. Sejamos claros, a remax em vez de vender andares e colocar outdoors pelas cidades inteiras à procura de compradores de cimento e tijolos e cozinhas nouvelle vague ou lá o que é, devia dedicar-se ao amor e ajudar-me a procurar alguém como tu – apenas isso - de forma a que continuasses a tua vida sem que alguma vez percebesses que é a ti que eu quero e procuro. A remax, a century 21, a Era, essas imobiliárias de betão, deveriam ajudar-me a procurar alguém igual a ti, em vez de um t2 com vista para o mar, de um andar com 5 assoalhadas, de jardins sustentáveis e condomínios fechados e o diabo a quatro. O melhor vendedor da remax que se chama Nuno Gomes, se fosse mesmo o melhor da Europa como dizem que é, poderia ajudar-me nisto: A procurar alguém igual a ti, colocando em todos os outdoors de Lisboa que têm para o efeito, um anúncio em letras grandes à qual se juntaria a tua foto que diria “Procura-se mulher igual a esta”. E posto isto, deixaria o seu habitual número para lhe chegassem propostas e em todas elas, eu, com tudo o que tinha, hipotecava o que houvesse, desde o recheio da casa, à minha modesta conta ordenado, à minha roupa, aos meus haveres, às minhas acções, desde as boas às más, desde o meu quarto à sala de estar, a este escritório, a este computador, a esta camisa que uso, a este teclado com que agora te escrevo. 
Procuro alguém igual a ti, peço-te ajuda para isso, não quero interromper a tua vida nem mudá-la, nem sequer fazer perder-te muito mais tempo, desde que me garantas que me arranjas alguém igual a ti. Mas tem que ser igual, exactamente igual. Promete-me isso, quero esse riso na minha vida, quero essas provocações parvas, quero esse teu voluntarismo desinteressado, quero essa cara, esses olhos, esse cabelo, esse foda-se na ponta da língua. Mas não te quero a ti que tens mais que fazer. Esta carta é um pedido de ajuda por isso, porque não é a ti que eu quero, quero isso sim, alguém como tu, alguém que nunca a Remax saberá encontrar.

Fernando Alvim in Não és tu, sou eu

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Seis meses depois: crónicas de (mais) uma noite nostálgica


Seis meses. Foste embora há seis meses. Faltam seis meses para voltares. Eu? Cansei. Cansei de esperar. Cansei de fazer da minha vida uma espera. Cansei de contar os dias. Cansei de contar os meses. Não posso reduzir a minha vida a uma espera. Não quero.
Seis meses. Cento e setenta e três dias. Em todos, sem excepção, pensei em ti. Contigo fiz uma coisa que jamais fiz com outrem  A ti entreguei-me, nua – vulnerável – numa folha de papel que atravessou um oceano. Nessa folha não foi apenas uma parte de mim, fui eu, mulher inteira e imperfeita. Ofereci-te o meu coração. Um coração renovado, renascido, o coração puro daquela criança que há quinze anos te dava beijinhos na boca às escondidas, atrás daquela buganvilia em flor. Minto se disser que não esperava nada em troca. (Ofereci-me a ti! Queria-te, em troca!). Deste-me o esperado, escolheste o lugar comum. Questionaste o que eu sentia e, com isso, questionaste o meu corpo, questionaste o meu coração. Esperava chorar, mas sorri. Porque sabia (sei) que me queres, que me sentes e que me gostas. Mesmo com um oceano entre nós.
Senti-te todos os dias, nestes seis meses.  Senti-te, toquei-te e cheirei-te. Fui sempre tua, mesmo quando procurei os teus abraços nos braços de outro. Fui sempre tua, mesmo quando ofereci o meu corpo a outro que não tu. O meu corpo sim, o meu coração nunca. Porque quando se dá um corpo a outro é mesmo isso que acontece: dois corpos, oferecidos um ao outro, consumidos pelo instinto. Mas quando se dá um coração a outro, acontece outra coisa: mais do que dois, tornam-se um. E isso é mágico. Afortunados os que experimentaram essa mística sensação que nos faz morrer e nascer no mesmo milésimo de segundo.
Agora? Estou exausta. Dói me a alma. A alma velha, ao contrário do coração que te dei. Não posso fazer da minha vida uma espera. Não quero. Gostava de ter a coragem de viver para ti. Mas eu, mulher inteira e imperfeita, sou fraca. E a minha vida não és tu.
A minha vida sou eu.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Dúvida existencial

Porque é que os primeiros encontros nunca correm tão bem na vida real como no Sex and the City? Como quebrar o gelo? Adorava ter jeito para estas coisas...

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Carnaval

Não gosto do Carnaval. Já gostei mas, ao longo dos anos, tenho vindo a gostar cada vez menos. Esta ideia de as pessoas se mascararem e, por um dia, deixarem de ser quem são e assumirem o papel de uma qualquer personagem, faz-me uma certa espécie. Será que isto é mesmo possível? Será que por um momento podemos deixar de ser quem somos e viver uma vida diferente daquela que é a nossa? Se calhar não gosto do Carnaval por causa disso mesmo - por não ser capaz de largar aquilo que sou e a vida que tenho. por não me conseguir libertar e ser feliz, sem planos ou expectativas. 

domingo, 27 de janeiro de 2013

Dear John,

Two weeks together, that's all it took. Two weeks for me to fall in love with you. Now we have one year apart. But what's one year apart after two weeks like that together. You made me a promise, a promise I know you'll keep. So I only want one more promise from you during this time we spend apart. Tell me everything, write it all down, John. Scribble it in a notebook, type it out, email it to me. That way, before we know it, I'll see you soon then.


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Nervosssssssss

E pronto, o dia pelo qual esperei durante grande parte da minha vida está, finalmente, a chegar. Vou ser operada aos olhos amanha e estou uma pilha de nervos. Desejem-me sorte, por favorzinho! 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Turu-turu-turu ou de como eu sou uma pessoa lamechas disfarçada de pessoa de ferro



"Sinto falta dessa paz que encontrei no seu sorriso! 
Qualquer coisa entre nós vem crescendo pouco a pouco 
E já não nos deixa sós, isso vai-nos deixar loucos! 
Se é amor? Sei lá! Só sei que sem você parei de respirar...
E é você chegar para esse turu-turu-turu-turu vir me atormentar!"

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

E pronto, merdas como esta mexem mesmo muito comigo. A sério, li isto e fiquei com o coração apertado e com os olhos cheios de lágrimas. Não conheço o Gonçalo. Mas o Gonçalo podia ser meu. Meu irmão, meu primo, meu amigo. O Gonçalo tem 15 anos, tem um vida pela frente. O Gonçalo tem TODO O DIREITO À VIDA. O Gonçalo encontrou um dador, mas o dador desistiu. Agora é torcer para que outro apareça. Não conheço o Gonçalo. O Gonçalo não é meu. Mas torço pelo Gonçalo com todo o meu coração! 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Cinco meses depois: crónicas de uma noite nostálgica

E, de repente, surge a esperança. A esperança de poderes matar a saudade, aquela saudade que - ironia das ironias - te mata a ti, aos poucos e poucos, um pouco mais, a cada dia que vai passando. Cento e cinquenta e três dias passados. Cinco meses sem te tocar. Cinco meses sem beijar a covinha que fazes quando sorris. Cinco meses sem ter a tua mão dada com a minha, qual encaixe perfeito. Cinco meses sem ti. E nesse momento, em que a esperança surge, sentes-te invadida por um turbilhão de emoções. Entras em taquicardia e apetece-te gritar e chorar e explodir de felicidade. Não sabes se vai ser possível, mas a saudade é tanta que já acreditas na mais improvável das realidades. A isto chama-se ilusão. E o que é acontece depois?
Desilusão.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Coisas minhas

Há duas coisas que não consigo tolerar nas pessoas. Fora estas duas coisas, as pessoas podem ter todos os defeitos e mais alguns, que eu lido bem com eles (ou pelo menos tento). Falo de mentira - aqui não se englobam as mentirinhas piedosas - e de falta de sentido de justiça. Então quando estas duas características se combinam numa só pessoa é mesmo para esquecer. 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Em 2013

- Terminar a Licenciatura e decidir a área de Mestrado;
- Festejar os meus 22 anos no Brasil;
- Fazer uma road trip em Itália;
- Deixar de fumar;
- Não cometer os mesmos erros;
- Focar-me naquilo que me faz bem;
- Aguentar as saudades;
- Encontrar momentos felizes todos os dias, até naqueles em que tudo corre mal;
- Dar valor a quem se preocupa comigo, me quer bem e está do meu lado e esquecer o resto;
- Começar a fazer Voluntariado;
- Voltar a correr;
- Dizer "gosto de ti" mais vezes;
- Crescer;
- Ser muito feliz em Agosto.

                               ♥