terça-feira, 19 de março de 2013

Carta que nunca te escrevi #2

Sonho-te muitas vezes. Sonho-te quase todas as noites. No inicio eram sonhos dos bons, daqueles em que quando acordas sentes pena por ter sido apenas um sonho. Depois começaram a piorar. Agora sonho-te sempre diferente daquela imagem que criei de ti e que tento manter, contra tudo e contra todos. Nos meus sonhos apareces-me morto ou a morrer. Ou então portas-te mal, fazes coisas impensáveis e magoas-me muito. Numa destas noites sonhei que eu estava a morrer e que tu ias surfar em vez de me ires visitar ao hospital em que eu estava, moribunda. Acordo agoniada, assustada. Com medo.
Acordada tento sempre sonhar-te de outra forma. A fazeres-me boas surpresas e a mostrares-me que tudo valeu a pena. 
No fundo acho (sei) que tenho muito medo que não voltes aquela pessoa que eu idealizo. Tento não ter expectativas, não esperar o bom nem o mau. Mas é inevitável! 

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