E, de repente, surge a esperança. A esperança de poderes matar a saudade, aquela saudade que - ironia das ironias - te mata a ti, aos poucos e poucos, um pouco mais, a cada dia que vai passando. Cento e cinquenta e três dias passados. Cinco meses sem te tocar. Cinco meses sem beijar a covinha que fazes quando sorris. Cinco meses sem ter a tua mão dada com a minha, qual encaixe perfeito. Cinco meses sem ti. E nesse momento, em que a esperança surge, sentes-te invadida por um turbilhão de emoções. Entras em taquicardia e apetece-te gritar e chorar e explodir de felicidade. Não sabes se vai ser possível, mas a saudade é tanta que já acreditas na mais improvável das realidades. A isto chama-se ilusão. E o que é acontece depois?
Desilusão.
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