segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Rainy days

Não sei se é por estar a chover. Não sei se é porque o brilho do sol ofusca tudo, incluindo os estados de espírito mais tristes. Hoje não há sol, hoje não há brilho. Hoje está a chover e, hoje, eu sinto-me a pior pessoa do mundo.
Hoje apercebi-me que recentemente parti o coração a alguém. Se calhar, sem querer, alimentei esperanças relativamente a uma coisa que nunca poderia acontecer. Na cabeça dessa pessoa, poderia e quando bateu de frente com a realidade, doeu. A mim também doeu, a sério. Não era, de todo, a minha intenção magoá-lo. Hoje apercebi-me também que (também recentemente) me deixei levar pelo momento. Deixei que a libido falasse mais alto que a razão. Estar carente não é desculpa para o rebaixamento. Também hoje marquei um café com ele e apercebi-me no quão feliz fiquei por saber que em breve vou reencontrá-lo. Apercebi-me do quanto ele ainda me afecta e das expectativas que um simples café me traz.
Quem eu quero, a pessoa de quem eu realmente gosto está longe de mim e o futuro encarregar-se-á de o levar para ainda mais longe. Sei que ele não vai voltar, nunca mais.
Magoei a única pessoa que eu sei que me quer e que - tenho a certeza - poderia vir a gostar verdadeiramente de mim.
Da terceira pessoa quase não vale a pena falar. Foi bom, mas foi só uma noite e dificilmente se voltará a repetir.
Está tudo ao contrário. Porquê?
Diz o Instituto Português de Meteorologia que amanhã o tempo já vai melhorar. Espero que o sol volte a brilhar e ofuscar este sentimento tão negro.

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