segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Actualização #2

E assim me apaixonei pela quarta vez durante a minha estadia no Algarve. Foi na noite de 13 para 14. Noite de chuva de estrelas, pelo que diziam. Mas a única estrela que eu vi cair foi ele. Adivinhem! Outro lisboeta, claro está. Outro artista, mas este do campo musical. Assim que o vislumbro sentado, com uma guitarra nas mãos, a cantar esta música a única coisa que se escapa da minha boca é um "ai, que me vai dar um fanico!" que arrancou longas e sonoras gargalhadas da minha irmã. Fiquei muito tempo a ouvi-lo cantar. A chuva de estrelas ficou para o próximo ano. Todos os anos vejo, todos os anos peço os mesmo desejos. Se falhar um ano não deve fazer mal, pensei eu. Não trocava aqueles minutinhos a ouvi-lo cantar por (quase) nada neste mundo.

Não me deu um fanico naquela altura, é verdade, mas deu-me umas horas mais tarde. 5 e meia da manhã e acorda a menina enjoada como se não houvesse amanhã. Levanta-se, dirige-se à casa de banho, onde vomita, claro está, como se não houvesse amanhã. Consegui voltar a adormecer, mas acordo no dia seguinte extremamente mal disposta. Era o último dia no Algarve, por isso era suposto ficar na praia até o sol se pôr e depois ir para a noite, dançar e beber até não poder mais. Todos os planos por água abaixo, portanto. Ainda tentei ir a praia, mas a coisa não correu lá muito bem. Tive uma quebra de tensão e por pouco não caí para o lado, sozinha, em pleno wc. Recambiada para casa, descansei um bocadinho e fui adiantando as (muitas) malas que tinha para fazer. Não podia faltar ao jantar de despedida. Custou muito, sou sincera. Cerveja e sangria para toda a gente, e eu? Coca-cola, e já vais com sorte. Polvinho 5 estrelas, especialidade da terra para toda a gente, e eu? Peixinho grelhado e é se queres. Ainda assim valeu a pena. O que custou ainda mais veio a seguir: a despedida dos finos a 70 cêntimos. Quantos bebi? Zero. Quantos me apeteciam? Vinte. Apesar de tudo, consegui aguentar a noite toda. Eu, totalmente sóbria e ainda ligeiramente enjoada, enquanto o resto do mundo à minha volta já deambulava dada a quantidade de álcool no sangue. 7 da manhã chego a casa. 11 da manhã acordo. Fazer malas, pôr malas no carro, arrumar casa, limpar casa. Despedidas. Com isto tudo, arrancámos às 5 e meia da tarde. Viagem tranquila, exceptuando um pequeno contratempo na cidade de Leiria, onde, aliás, não tenciono voltar. Chegada ao Porto já de noite. Saudades de casa, poucas. Saudades de uma noite bem dormida, muitas.

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