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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
True stories
Boy: How are you?
Girl: I'm fine. How are you?
Boy: I'm sorry.
Girl: Don't be...
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sábado, 8 de janeiro de 2011
Sobre a morte do Carlos Castro
Hoje à tarde, quando acordei, desenrolou-se a seguinte conversa com a minha mãe:
Ela: Ainda bem que acordaste! Tenho imensas novidades para te contar!
Eu: ...
Ela: Sabes aquele jornalista das revistas cor-de-rosa, extremamente irritante - o Carlos Castro?
Eu: Morreu?!
Ela: Foi encontrado morto, num quarto de um dos melhores hotéis de NY.
Eu: A sério?! Mas como?...
Ela: Consta que estava lá de férias com o namorado, um miúdo de 20 e poucos anos, manequim. Parece que tinham um jantar combinado com uma filha de um jornalista, de quem eram amigos. Ela foi ter com eles ao hotel e cruzou-se com o miúdo. Achou que ele estava com uma expressão estranha e perguntou pelo Carlos. Ao que ele respondeu "O Carlos hoje já não sai mais do quarto" e foi-se embora. A amiga achou por bem saber o que se passada e dirigiu-se ao gerente do hotel. Após várias tentativas de o contactarem via telefone, foram ao quarto. E ai depararam-se com um cenário macabro: um poça de sangue enorme, o Carlos Castro morto e - o mais terrível da cena - castrado.
Não haja dúvida que uma notícia destas me deixou logo bem acordadinha. Depois de investigar alguma coisa sobre o tal miúdo, descobri que afinal ele é o Renato Seabra, manequim em início de carreira, lançado recentemente pelo programa de televisão Face Model of the Year, no qual aliás ficou em terceiro lugar. Tem 21 anos e está (ou estava) quase a acabar a licenciatura em Ciências do Desporto. No final do dito programa de televisão, foi imediatamente agenciado pela Fátima Lopes e afirmava querer conciliar a moda com a sua área de formação académica.
Ora muito bem, há aqui qualquer coisa que não bate certo. O que é que leva um aparente promissor jovem de 21 anos a envolver-se numa situação destas? É certo que ainda não se sabe se a mutilação sexual foi cometida antes ou depois do assassinato - pormenor esse que faz toda a diferença - mas, ainda assim, porquê? Ele fugiu e foi mais tarde encontrado com ferimentos nos pulsos que indicavam tentativa de suicido. Tenho para mim que esta história é ainda mais complicada do que aquilo que parece. Aguardo ansiosamente desenvolvimentos.
Ela: Ainda bem que acordaste! Tenho imensas novidades para te contar!
Eu: ...
Ela: Sabes aquele jornalista das revistas cor-de-rosa, extremamente irritante - o Carlos Castro?
Eu: Morreu?!
Ela: Foi encontrado morto, num quarto de um dos melhores hotéis de NY.
Eu: A sério?! Mas como?...
Ela: Consta que estava lá de férias com o namorado, um miúdo de 20 e poucos anos, manequim. Parece que tinham um jantar combinado com uma filha de um jornalista, de quem eram amigos. Ela foi ter com eles ao hotel e cruzou-se com o miúdo. Achou que ele estava com uma expressão estranha e perguntou pelo Carlos. Ao que ele respondeu "O Carlos hoje já não sai mais do quarto" e foi-se embora. A amiga achou por bem saber o que se passada e dirigiu-se ao gerente do hotel. Após várias tentativas de o contactarem via telefone, foram ao quarto. E ai depararam-se com um cenário macabro: um poça de sangue enorme, o Carlos Castro morto e - o mais terrível da cena - castrado.
Não haja dúvida que uma notícia destas me deixou logo bem acordadinha. Depois de investigar alguma coisa sobre o tal miúdo, descobri que afinal ele é o Renato Seabra, manequim em início de carreira, lançado recentemente pelo programa de televisão Face Model of the Year, no qual aliás ficou em terceiro lugar. Tem 21 anos e está (ou estava) quase a acabar a licenciatura em Ciências do Desporto. No final do dito programa de televisão, foi imediatamente agenciado pela Fátima Lopes e afirmava querer conciliar a moda com a sua área de formação académica.
Ora muito bem, há aqui qualquer coisa que não bate certo. O que é que leva um aparente promissor jovem de 21 anos a envolver-se numa situação destas? É certo que ainda não se sabe se a mutilação sexual foi cometida antes ou depois do assassinato - pormenor esse que faz toda a diferença - mas, ainda assim, porquê? Ele fugiu e foi mais tarde encontrado com ferimentos nos pulsos que indicavam tentativa de suicido. Tenho para mim que esta história é ainda mais complicada do que aquilo que parece. Aguardo ansiosamente desenvolvimentos.
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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
O reencontro
Voltaram a encontrar-se. Exactamente duas semanas depois. Na mesma paragem, a mesma hora, à mesma hora. Ele temia que ela já não se lembrasse dele, mas percebeu imediatamente que estava enganado. Ela corou mal se apercebeu da sua presença. Quando chegou, ele perguntou as horas a uma senhora velhinha que também esperava pelo autocarro. A senhora disse que não tinha relógio. Ela, como que instintivamente, respondeu-lhe. São quatro e um quarto. Ele respondeu com um tímido "obrigado", enquanto ela já se sentia arrependida da sua intervenção. Aposto que me vai achar oferecida - pensava. Mas estava tão enganada... Ele tinha adorado ouvir a voz dela de novo, mas desta vez tinha outro gosto, por ser dirigida a si. Depois do dia difícil que estava a ter, aquele pequeno contacto tinha-lhe sabido pela vida.
O autocarro chegou, outra vez. E, outra vez, apesar de estarem com pressa e com pessoas à sua espera, ambos desejavam continuar ali naquele limbo, naquele vai-não-vai-mas-que-quer-muito-ir. O destino (também) era o mesmo: Sonhos.
O autocarro chegou, outra vez. E, outra vez, apesar de estarem com pressa e com pessoas à sua espera, ambos desejavam continuar ali naquele limbo, naquele vai-não-vai-mas-que-quer-muito-ir. O destino (também) era o mesmo: Sonhos.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Da Weasel
Ao fim de 17 anos, é anunciado o fim desta grande banda.
Comecei a ouvi-los muito cedo, por intermédio da minha irmã, ainda eram eles (quase) apenas uma banda de garagem. Ao longo dos anos foram ganhando sucesso e, consequentemente, foram-se tornando mais comerciais. Fizeram muitos trabalhos. Uns melhores, outros piores, é certo. Mas, de uma forma geral gostei muito de quase tudo. O ponto forte deles era, sem dúvida, os concertos ao vivo. Infelizmente, só os vi duas vezes, mas foi a melhor banda que vi ao vivo. Não desiludem nada, muito pelo contrário. Lembro-me perfeitamente do primeiro concerto que vi deles. Andava eu no 10º ano e fui, de propósito, à (grande) Queima das Fitas do Porto para os ver. Era uma quinta-feira e tive que mentir à minha mãe, dizendo que ia para casa de uma amiga fazer um trabalho de grupo e que ficava lá a dormir. Foi a única vez que menti à minha mãe para sair à noite. E lá fomos nós, três badamecas de 16 anos ver os Da Weasel à Queima. O concerto foi lindo. Fomos de directa para as aulas e passamos dias e dias a cantarolar as míticas músicas deles. No ano seguinte, nessa mesma Queima, voltei a vê-los e voltei a amar.
Agora, no final, não consigo deixar de sentir uma tristeza considerável. Tenho esperanças que, daqui a algum tempo, eles se voltem a reunir ou, no mínimo, que façam uma tournée de despedida. Os fãs merecem!
Comecei a ouvi-los muito cedo, por intermédio da minha irmã, ainda eram eles (quase) apenas uma banda de garagem. Ao longo dos anos foram ganhando sucesso e, consequentemente, foram-se tornando mais comerciais. Fizeram muitos trabalhos. Uns melhores, outros piores, é certo. Mas, de uma forma geral gostei muito de quase tudo. O ponto forte deles era, sem dúvida, os concertos ao vivo. Infelizmente, só os vi duas vezes, mas foi a melhor banda que vi ao vivo. Não desiludem nada, muito pelo contrário. Lembro-me perfeitamente do primeiro concerto que vi deles. Andava eu no 10º ano e fui, de propósito, à (grande) Queima das Fitas do Porto para os ver. Era uma quinta-feira e tive que mentir à minha mãe, dizendo que ia para casa de uma amiga fazer um trabalho de grupo e que ficava lá a dormir. Foi a única vez que menti à minha mãe para sair à noite. E lá fomos nós, três badamecas de 16 anos ver os Da Weasel à Queima. O concerto foi lindo. Fomos de directa para as aulas e passamos dias e dias a cantarolar as míticas músicas deles. No ano seguinte, nessa mesma Queima, voltei a vê-los e voltei a amar.
Agora, no final, não consigo deixar de sentir uma tristeza considerável. Tenho esperanças que, daqui a algum tempo, eles se voltem a reunir ou, no mínimo, que façam uma tournée de despedida. Os fãs merecem!
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
703: Sonhos
Estavam os dois na paragem à espera do autocarro. Não se conheciam. A única coisa que tinham em comum era aquela espera, que parecia não mais cessar. Ela estava impaciente, notava-se perfeitamente. Ele também mas, ao contrário dela, aparentava estar sereno. Estavam os dois atrasados, tinham os dois pessoas à sua espera e sítios onde já deveriam estar há algum tempo. Estavam há mais de meia hora naquela paragem de autocarro. Não trocaram uma palavra. Apenas um ou outro olhar cruzado. Aproxima-se uma amiga dela. Ele apercebe-se que aquele encontro foi um puro acaso. Ela conta à amiga tudo aquilo que lhe tentou contar, a ele, através dos olhares trocados. Estou aqui há imenso tempo, estou a dar em doida! O meu pai já está à porta de minha casa à minha espera e eu ainda nem tenho as malas feitas! Ele observava-a, atentamente. Ela apercebia-se.
Finalmente, chegou o tão esperado autocarro. Apesar da pressa, ficaram os dois como que desapontados. Ele tinha a sua vida. Ela tinha a dela. Não se conheciam, nunca sequer se tinham visto. Mas, durante aqueles minutos, vivenciaram a mesma experiência, como se estivessem a partilhar uma outra dimensão. Um mundo paralelo. Entraram, enfim, no autocarro que, devido ao monumental atraso, ia apinhado de gente. Constituiu-se uma cena que poderia ter como banda sonora a música do Carlos Paião - Foram juntos no outro dia, como por magia, no autocarro em pé. Iam quase colados um ao outro. Ela estava constrangida. Ele percebeu e deixou escapar um tímido sorriso. Ela sorriu também, baixando imediatamente o olhar.
Mais tarde ou mais cedo, um deles iria sair do autocarro e, muito provavelmente, nunca mais se voltariam a encontrar. Pensavam ambos nisso. Apesar de estarem com pressa, de terem compromissos e de já estarem muito atrasados, não queriam que aquele momento acabasse. Até que o autocarro parou. Era o regresso à realidade. Mas, para espanto de ambos, saíram na mesma paragem. Mesmo querendo continuar naquele limbo, ela acelerou o passo. Tinha o pai à espera e sabia que, tal como ela, ele odiava esperar. Quando chegou à sua rua, como que por instinto, olhou para trás. E lá estava ele. Seremos vizinhos? - era uma questão que flutuava no pensamento dos dois. Ele observava-a, torcendo para que o destino deles fosse o mesmo. Mas viu-a a subir as escadas de um prédio, depois de ter ido a um carro dizer qualquer coisa que ele conseguiu ouvir. Deve ser o pai dela - pensou. Estava certo.
Ela abriu a porta do prédio mas, antes de entrar, olhou para trás. Queria "despedir-se". Olharam-se durante não mais que 10 segundos. Mas foram 10 segundos intensos. Talvez os mais intensos das suas vidas. Ela entrou no prédio e ouviu a porta a bater nas suas costas. Ele continuou a andar. Ambos seguiram os seus caminhos, ambos seguiram as suas vidas. E ainda pensam, os dois, naquele dia em que o autocarro nunca mais vinha. Ainda pensam num possível reencontro. Talvez numa dessas paragens, algures nessa cidade. O autocarro era o 703. O destino? Sonhos.
Finalmente, chegou o tão esperado autocarro. Apesar da pressa, ficaram os dois como que desapontados. Ele tinha a sua vida. Ela tinha a dela. Não se conheciam, nunca sequer se tinham visto. Mas, durante aqueles minutos, vivenciaram a mesma experiência, como se estivessem a partilhar uma outra dimensão. Um mundo paralelo. Entraram, enfim, no autocarro que, devido ao monumental atraso, ia apinhado de gente. Constituiu-se uma cena que poderia ter como banda sonora a música do Carlos Paião - Foram juntos no outro dia, como por magia, no autocarro em pé. Iam quase colados um ao outro. Ela estava constrangida. Ele percebeu e deixou escapar um tímido sorriso. Ela sorriu também, baixando imediatamente o olhar.
Mais tarde ou mais cedo, um deles iria sair do autocarro e, muito provavelmente, nunca mais se voltariam a encontrar. Pensavam ambos nisso. Apesar de estarem com pressa, de terem compromissos e de já estarem muito atrasados, não queriam que aquele momento acabasse. Até que o autocarro parou. Era o regresso à realidade. Mas, para espanto de ambos, saíram na mesma paragem. Mesmo querendo continuar naquele limbo, ela acelerou o passo. Tinha o pai à espera e sabia que, tal como ela, ele odiava esperar. Quando chegou à sua rua, como que por instinto, olhou para trás. E lá estava ele. Seremos vizinhos? - era uma questão que flutuava no pensamento dos dois. Ele observava-a, torcendo para que o destino deles fosse o mesmo. Mas viu-a a subir as escadas de um prédio, depois de ter ido a um carro dizer qualquer coisa que ele conseguiu ouvir. Deve ser o pai dela - pensou. Estava certo.
Ela abriu a porta do prédio mas, antes de entrar, olhou para trás. Queria "despedir-se". Olharam-se durante não mais que 10 segundos. Mas foram 10 segundos intensos. Talvez os mais intensos das suas vidas. Ela entrou no prédio e ouviu a porta a bater nas suas costas. Ele continuou a andar. Ambos seguiram os seus caminhos, ambos seguiram as suas vidas. E ainda pensam, os dois, naquele dia em que o autocarro nunca mais vinha. Ainda pensam num possível reencontro. Talvez numa dessas paragens, algures nessa cidade. O autocarro era o 703. O destino? Sonhos.
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