quarta-feira, 20 de julho de 2011

Pai

Parte-se-me o coração vê-lo assim. Tão triste e tão sozinho. Sinto-me mal em ir de férias e deixá-lo assim, desamparado. Ele quer que eu vá, que me divirta, que aproveite a vida - diz ele.
Hoje assustou-me muito. Falou-me mais do que uma vez de mortes. Da sua morte. De como quer o caixão (fechado). Diz que quer ser cremado. Até disse onde quer que as cinzas sejam depositadas. Eu, com os olhos em água, tentei disfarçar. Que raio de conversa tão mórbida, pai! - forcei um sorriso.
Sinto-me impotente perante esta situação.

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