quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pai

Falei muitas vezes com ele sobre o meu pai. E ele dizia-me "tens muito orgulho nele, não tens?". Tenho. Ele dizia que se notava um brilho especial nos meus olhos sempre que falava do meu pai. Era impossível esconder o forte sentimento que sempre nutri por ele.
O meu pai é talvez a pessoa com quem partilho mais paixões. Somos muito parecidos e, apesar disso, sempre nos demos muito bem. O meu pai sempre foi o meu porto de abrigo. Sempre que precisava de fugir, ia refugiar-me na quinta, com ele. Com o meu pai sempre me senti segura, como se todos os problemas do mundo fossem incapazes de trespassar aquela barreira. A barreira que separa o banal do imprescindível.
Não o posso perder.

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