Estávamos todos juntos. Apesar de o negarmos, sabíamos que, inevitavelmente, com as entradas nas diferentes faculdades e nas também diferentes cidades, nos iríamos afastar. Uns mais do que outros, sim!
Sem se me deixar saber porquê, ele decidiu ir-se embora. Logo ele, logo a pessoa de quem eu me vou afastar mais rápida e facilmente. Tentei disfarçar o meu desespero, o meu medo de o perder para sempre. (Sei que é isso que vai acontecer.) Meti-me com ele, disse-lhe para arranjar um sofá bem confortável na futura casa dele em Lisboa porque eu ia aparecer-lhe por lá num destes dias. Ele sorriu e disse que sim, que era só eu lhe mandar uma mensagem quando quisesse. (O que eu queria era que ele não se fosse embora.) Deu-me dois beijinhos. Os últimos. Afastou-se e foi despedir-se do resto do grupo. Eu fiquei a observá-lo. Quando já se tinha despedido de todos, voltou a olhar para mim, com aquele olhar tão especial. Sorriu, acenou e disse-me "Até Lisboa!". Senti uma enorme vontade de chorar, não sei bem porquê. Voltei a disfarçar. Diverti-me muito no resto da noite com os que ficaram por lá. Cheguei a casa. Adormeci. Sonhei toda a noite com ele.
Tenho consciência que o que existia entre nós acabou, se é que chegou a existir. Mesmo assim, odeio, sempre odiei e sempre odiarei despedidas. Se pudesse ficava a vida toda bem agarradinha às pessoas que amo.
Sem se me deixar saber porquê, ele decidiu ir-se embora. Logo ele, logo a pessoa de quem eu me vou afastar mais rápida e facilmente. Tentei disfarçar o meu desespero, o meu medo de o perder para sempre. (Sei que é isso que vai acontecer.) Meti-me com ele, disse-lhe para arranjar um sofá bem confortável na futura casa dele em Lisboa porque eu ia aparecer-lhe por lá num destes dias. Ele sorriu e disse que sim, que era só eu lhe mandar uma mensagem quando quisesse. (O que eu queria era que ele não se fosse embora.) Deu-me dois beijinhos. Os últimos. Afastou-se e foi despedir-se do resto do grupo. Eu fiquei a observá-lo. Quando já se tinha despedido de todos, voltou a olhar para mim, com aquele olhar tão especial. Sorriu, acenou e disse-me "Até Lisboa!". Senti uma enorme vontade de chorar, não sei bem porquê. Voltei a disfarçar. Diverti-me muito no resto da noite com os que ficaram por lá. Cheguei a casa. Adormeci. Sonhei toda a noite com ele.
Tenho consciência que o que existia entre nós acabou, se é que chegou a existir. Mesmo assim, odeio, sempre odiei e sempre odiarei despedidas. Se pudesse ficava a vida toda bem agarradinha às pessoas que amo.
a vida é dura, mesmo.
ResponderEliminarisso das despedidas mesmo dolorosas só me vão acontecer no fim deste novo ano lectivo. aí sim, vai-me doer e muito. só de imaginar já me dá uma enorme vontade de chorar. quem me dera ser para sempre criança ...