quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

The Show



Eu achei simplesmente fabuloso!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Só ele pode ficar:



A simplicidades da letra, que acaba por ser tão profunda... Diz-me muito porque se encaixa na perfeição em algo que me aconteceu, numa noite num desses Verões perdidos no passado.

Ela sorriu
E ele foi atrás.
Ela despiu
E ela o satifaz.
Passa a noite, passa o tempo
Devagar...
Já é dia, já é hora
De voltar
Aqui ao luar,
Ao pé de ti,
Ao pé do mar,
Só o sonho fica só ele pode ficar...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Afinal...

"Toda a gente é perita em amor. Pela sabedoria popular e por experiência pessoal, todos sabemos que:

  • as mulheres apaixonam-se, normalmente, mais cedo que os homens, e continuam apaixonadas mais tempo que eles;
  • não nos apaixonamos por pessoas muito próximas, nem nos casamos com elas. Em contrapartida, não nos apaixonamos perdidamente por pessoas estranhas, que conhecemos longe da nossa vida e trabalho normais;
  • as mulheres têm de ser difíceis na conquista, se pretendem que um homem as aprecie.

Contudo...
Contrariamente às velhas crenças:

  • os homens apaixonam-se mais depressa que as mulheres e agarram-se mais tenazmente a uma aventura que esmorece;
  • encontramo-nos, apaixonamo-nos e casamos com a pessoa da porta ao lado ou que mora ao fundo da rua numa proporção surpreendente;
  • os homens costumam ser atraídos por mulheres a que facilmente tiveram acesso, mas difíceis para outros homens."

D. Papalia, S. Olds , Psicologia
Será ?!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A Noite

Estive a pensar naquela noite. Tentei recuperar todos os pormenores, mas não consigo... Não sei porquê, mas não me lembro de tudo o que se passou. Se calhar, é da ferida... Esta ferida que teima em não sarar está a apagar todos as memórias boas que tenho de “nós” e a acentuar as más...
Não me lembro como é que o nosso primeiro beijo aconteceu. Só me lembro de estar abraçada a ti e sentir o cheiro do teu perfume que, a partir dessa noite, passou a ser também o “meu” perfume.

“- O sonho tornou-se realidade!
- Parece que sim...”

Eu nem tinha bem noção do que estava a acontecer. Eu já nem conseguia distinguir o sonho da realidade. Eu não fazia ideia que aquela noite iria mudar a minha vida. Eu só sabia que, para mim, era tudo perfeito. Tu eras perfeito e eu não queria que aquele momento acabasse nunca.

“ - Queres beber?
- Não...”

Eu não precisava de beber. Eu não precisava de nada. Só queria estar ali contigo... Ali, ou em qualquer lugar do Mundo.
E a pulseira? Tu viste-a, tocaste nela e ficaste durante uns segundos a contempla-la. Depois olhaste para mim, sorriste e beijaste-me.
Já era de manhã. Estávamos os dois a andar, juntos, quando tu voltaste a falar do meu sonho.

“- Está a ser melhor do que o sonho?
- Muito melhor!”

Claro que foi muito melhor do que qualquer sonho, pelo simples facto do que estava a acontecer connosco ser real.
Estávamos tão envolvidos, os dois. Tínhamos montes de gente à nossa volta, mas era como se estivéssemos sózinhos. Como se, por uma noite, o Mundo fosse só nosso.

“- És tão linda…
- Não digas asneiras!
- Estás a deixar-me maluco, Leonor !”

E nós não descolávamos um do outro. Eu, nos teus braços, sentia-me totalmente protegida, sentia que nada de mal me podia acontecer. Ao olhar para ti, ao beijar-te, eu sabia que por ti era capaz de ir para o fim do Mundo. Era capaz de largar tudo e todos, desde que ficasses comigo, assim como estávamos naquela noite, para sempre.
E foi nessa altura que o disseste. Sussurraste-o ao meu ouvido.

“- Adoro-te.”

Respondi-te, apesar de não ter verbalizado nada. Mas eu sei que tu recebeste a minha resposta. E só tu a sabes. E eu também sei uma coisa. Por mais pessoas que passem na minha vida, por mais palavras bonitas que me sussurrem ao ouvido, eu sei que nunca irei esquecer aquele momento. Porque foi o nosso momento. Porque foi a nossa noite.
Hoje é o dia em que pergunto a mim mesma o porquê. Porquê? Porquê e para quê aquela noite tão especial, tão mágica?
Passaram mais de seis meses. Aconteceu muita coisa. Mas apesar de tudo, acordo todos os dias a gostar um bocadinho mais de ti. E digo a mim mesma: “Mas afinal, quem é que eu quero enganar? Eu amo aquele miúdo.” ♥


(Hoje estou extremamente lamechas, peço desculpa!)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Definições

Pediram-me três definições: amor, amizade e paixão. Pus-me a pensar. Afinal alguém consegue dar uma definição consistente e objectiva de algum destes "sentimentos"? Todos por aí falam de amor como se tivessem plena noção e conhecimento do que se trata, mas quando lhes pedimos uma simples definição, puf: "Ah e tal, assim definir não sei bem...". Põem as mãos pelos pés e os pés pelas mãos e definição é p' tecto. Não os censuro, apesar de tudo. Porque eu nada mais sou do que uma dessas almas. Porque quando o tema é o mundo dos afectos, não dá para generalizar.
Eu tenho a minha opinião. Para mim a amizade é sinónimo de cumplicidade, camaradagem, apoio incondicional, mas também de vez em quando uma ou outra chamada à razão. Se amizade é difícil de definir, paixão então, nem se fala! Ora bem, paixão... Paixão é um misto de atracção
física e desejo com aquela química tão forte, que nos faz pensar que somos capazes de tudo para podermos ter connosco a pessoa em causa. Um dia li algures que está cientificamente provado que a paixão dura, no máximo dos máximos, dois aninhos. Eu cá não sei se acredito muito nisso... E o amor? Aii o amor, o amor... Haverá sentimento mais banalizado nos dias de hoje? A meu ver, não. O que me deixa um pouco indignada, aínda por cima sendo ele tão complexo. Eu considero o amor a união da amizade, da paixão e da intimidade. Há quem diga que o amor é um compromisso. Desenganem-se! Porque pode existir amor e compromisso, mas a existência de um compromisso não implica a existência de amor. Antes fosse assim, digo-vos já! Era da maneira que todos nós seriamos felizes nas nossas relações. Um grande amor é capaz de mover mundos. E o que não faltam são provas e exemplos disso. quem cometa verdadeiras loucuras por amor. Mas se falamos em amor, temos de falar nas diferentes formas de amar, porque ninguém ama só uma pessoa e ninguém ama só de uma forma. Podemos amar o nosso namorado, os nossos pais, o nosso cão, etc. E, com certeza que os amamos de formas diferentes, dependendo do tipo de relações que mantemos com eles.
Enfim, tanta coisa, tanta coisa para continuar sem ter uma definição clara destes três conceitos... Parece-me que amanhã vou chegar à aula de Psicologia "de mãos a abanar". Alguém me quer dar uma ajudinha?!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sol de Inverno

' Morto o teu desejo. Vivo o meu desejo.

Sonhos que sonhei, onde estão?
Horas que vivi, quem as tem?
De que serve ter coração e não ter o amor de ninguém?
Beijos que te dei, onde estão?
A quem foste dar o que é meu?
Vale mais não ter coração do que ter e não ter, como eu.

Eu em troca de nada dei tudo na vida.
Bandeira vencida rasgada no chão,
Sou a data esquecida, a coisa perdida que vai a leilão.


Vivo de saudades, amor.
A vida perdeu fulgor,
Como o sol de inverno, não tenho calor. '


Música: Simone de Oliveira; Composição: Jerónimo Bragança

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Hoje acordei e olhei para a janela do meu quarto. Vi um raio de sol. É engraçado como, às vezes, certas coisas tão simples nos deixam tão extraordinariamente felizes. As primeiras flores já começam a nascer nas árvores. Sinto a Primavera mais perto. Sinto tempos de mudança a aproximarem-se. Sinto o calor cada vez mais próximo do meu corpo e, principalmente, da minha alma.
"O que é que se passa comigo?" - questiono-me. Pensei que com tudo o que me tem acontecido nos últimos tempos, toda a esperança que eu guardava dentro de mim, tinha morrido. Mas, incrivelmente, hoje sinto-me com tanta esperança! Hoje, sinto que posso mudar, que tenho forças para ultrapassar tudo.
Não sei se é do sol ou do leve cheiro a Primavera, mas hoje, eu sei que vou conseguir!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Complicações

Se nos insinuamos, somos atiradas. Se ficamos na nossa, estamos a dar uma de difícil. Se aceitamos fazer sexo no inicio do relacionamento, somos fáceis.
Se pomos limitações no namoro, somos autoritárias. Se aceitamos tudo o que ele diz, somos umas tontas sem opinião.
Se a mulher luta para ter estudos e um bom emprego, é ambiciosa. Se não se importa com isso, é uma inútil.
Se adoramos conversar sobre Politica ou Economia, somos feministas. Se não ligamos a esses assuntos, somos ocas.
Se a mulher corre para matar uma barata, não é feminina. Se foge de uma barata, é medrosa.
Se aceitamos tudo na cama, somos vagabundas. Se não, somos frescas.
Se a mulher ganha menos que o homem é porque quer ser sustentada. Se ganha mais é porque o quer humilhar.
Se adoramos roupas e cosméticos, somos narcisistas. Se não gostamos, somos masculinas, ou no mínimo, desleixadas.
Se saímos mais cedo do trabalho, somos folgadas. Se saímos mais tarde, temos um caso com o chefe.
Se a mulher gosta de televisão, é fútil. Se gosta de livros, está a dar uma de intelectual.
Se a mulher quer ter cinco filhos, é uma louca inconsciente. Mas se só quer ter um, é uma egoísta sem sentido maternal.
Se nos chateamos com certas atitudes dos homens, somos dominadoras. Se aceitarmos tudo o que ele faz, somos submissas.
Se gostamos de rock, somos doidas. Se gostamos de música romântica, somos pirosas.
Se a mulher faz uma cena de ciúmes, é neurótica. Mas se não faz, não sabe defender o seu amor.
Se falamos mais alto do que o homem, somos descontroladas. Se falamos mais baixo, somos subservientes.


E DEPOIS AÍNDA DIZEM QUE AS MULHERES É QUE SÃO COMPLICADAS !

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Novo Inicio

"Recomeca ...
Se puderes
Sem angustia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
do futuro,
Da-os em liberdade.
Enquanto nao alcances
nao descanses.
De nenhum fruto queiras só metade..."


Miguel Torga

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Auto-retrato

' Eu nunca fiz senão sonhar. Tem sido esse, e esse apenas, o sentido da minha vida. Nunca tive outra preocupação verdadeira senão a minha vida interior. As maiores dores da minha vida esbatem-se quando, abrindo a janela para dentro de mim, pude esquecer-me da visão do seu movimento.
Nunca pretendi ser senão um sonhador. A quem me falou de viver nunca prestei atenção. Pertenci sempre ao que não está onde estou e ao que nunca pude ser. Tudo o que não é meu, por baixo que seja, teve sempre poesia para mim. Nunca amei senão coisa nenhuma. Nunca desejei senão o que nem podia imaginar. À vida nunca pedi senão que passasse por mim sem que eu a sentisse. Do amor apenas exigi que nunca deixasse de ser um sonho longínquo. Nas minhas próprias paisagens interiores, irreais todas elas, foi sempre o longínquo que me atraiu, e os aquedutos que se esfumam - quase na distância das minhas paisagens sonhadas, tinham uma doçura de um sonho em relação às outras partes da paisagem - uma doçura que fazia com que eu as pudesse amar. A minha mania de criar um mundo falso acompanha-me ainda, e só na minha morte me abandonará.
Em mim, o que há de primordial é o hábito e o jeito de sonhar. As circunstâncias da minha vida, desde criança sozinho e calmo, outras forças talvez, amoldando-me de longe, por hereditariedades obscuras a seu sinistro corte, fizeram do meu espírito uma constante corrente de devaneios. Tudo o que sou está nisto, e mesmo aquilo que em mim mais parece estar longe de destacar o sonhador, pertence sem escrúpulo à alma de quem só sonha, elevada ela ao seu maior grau.
Quero, para meu próprio gosto de analisar-me, ir, à medida que a isso me ajeite, ir pondo em palavras os processos mentais que em mim são um só, esse, o de uma vida devotada ao sonho, de uma alma educada só em sonhar.
Porque eu não só sou um sonhador, mas sou um sonhador exclusivamente. O hábito único de sonhar deu-me uma extraordinária nitidez de visão interior. Não só vejo com espantoso e às vezes perturbante relevo as figuras e os décors dos meus sonhos, mas com igual relevo vejo as minhas ideias abstractas, os meus sentimentos humanos - o que deles me resta -, os meus secretos impulsos, as minhas atitudes psíquicas diante de mim próprio. Afirmo que as minhas próprias ideias abstractas, eu as vejo em mim, eu com uma interior visão do real as vejo num espaço interno. E assim os seus meandros são-me visíveis nos seus mínimos.
Por isso, conheço-me inteiramente, e, através de conhecer-me inteiramente, conheço inteiramente a humanidade toda. '

Bernardo Soares