Vinte e dois anos depois concluo que este dia - o meu dia de anos - tem sido um dia para a tomada de grande decisões. Normalmente essas decisões envolvem o apagar de pessoas da minha vida. E pronto, está tudo dito. Feliz aniversário para mim!
quinta-feira, 28 de março de 2013
quarta-feira, 20 de março de 2013
P.S.
"Por ti eu iria até a lua e voltava. Escalaria o Monte Everest e gritaria o teu nome. Iria até o Alaska a pé e traria uma flor de lá para ti. Nadaria o oceano todo só para te ver. Não há nada que eu não faria. Não te esqueças, domingo estarei aí para te ver.
P.S.: Vou, se não chover!"
terça-feira, 19 de março de 2013
Carta que nunca te escrevi #2
Sonho-te muitas vezes. Sonho-te quase todas as noites. No inicio eram sonhos dos bons, daqueles em que quando acordas sentes pena por ter sido apenas um sonho. Depois começaram a piorar. Agora sonho-te sempre diferente daquela imagem que criei de ti e que tento manter, contra tudo e contra todos. Nos meus sonhos apareces-me morto ou a morrer. Ou então portas-te mal, fazes coisas impensáveis e magoas-me muito. Numa destas noites sonhei que eu estava a morrer e que tu ias surfar em vez de me ires visitar ao hospital em que eu estava, moribunda. Acordo agoniada, assustada. Com medo.
Acordada tento sempre sonhar-te de outra forma. A fazeres-me boas surpresas e a mostrares-me que tudo valeu a pena.
No fundo acho (sei) que tenho muito medo que não voltes aquela pessoa que eu idealizo. Tento não ter expectativas, não esperar o bom nem o mau. Mas é inevitável!
sábado, 16 de março de 2013
quarta-feira, 13 de março de 2013
terça-feira, 12 de março de 2013
Sete meses depois
Sete meses volvidos. Duzentos e um dias passados. E por mim passou também um imenso turbilhão de sentimentos.
Raiva.
Desespero.
Preocupação.
Esperança.
Amor incondicional.
Mágoa.
Saudade.
Arrependimento.
Agora? Começo a achar que a dor de um "até já" é pior que a dor de um "até nunca". E os dias vão passando e as notícias não chegam. Seremos estranhos, outra vez?
quinta-feira, 7 de março de 2013
Carta que nunca te escrevi
Dou por mim a ler mensagens tuas de há sete meses atrás. Leio também conversas que fomos tendo, entretanto, via facebook. Soubesse eu da falta que me irias fazer e teria gravado até as nossas conversas por skype. Tudo meras tentativas de te sentir aqui, mais perto de mim. E às vezes sinto. Quando estou prestes a adormecer, naquele limbo que separa os sonhos da vida real, sinto-te bem juntinho a mim, como se os nossos corpos tivessem sido esculpidos para encaixarem perfeitamente um no outro.
Às vezes sinto-me tão perto, apesar de te consciência de que estás aí - tão longe. Mas outras vezes parece que estamos mais distantes do que nunca, como se em vez de estares noutro país, noutro continente, estivesses noutro mundo, noutra galáxia, noutro tempo que não o meu.
Tempo.
Distância.
Nunca duas palavras conjugadas tiveram tanto impacto na minha vida. Mas o que me conforta é saber que cada dia que passa a distância entre nós fica mais curta.
terça-feira, 5 de março de 2013
teorias
Em Psicologia Social fala-se muito da Teoria Atribucional de Heider. De uma forma muito geral, esta teoria foca-se no modo como atribuímos características às pessoas e na tendência que temos para as atribuirmos de forma diferente consoante gostamos ou não da pessoa em causa. Ou seja, quando alguém de quem nós gostamos tem um comportamento errado, temos tendência a responsabilizar o contexto, algo extrínseco à própria pessoa. Mas caso alguém por quem não nutrimos uma especial simpatia se porta mal a tendência é oposta, isto é, achamos sempre que a pessoa se portou assim devido a uma qualquer característica sua menos positiva e, certamente, interna a ela. Um exemplo muito simples: se alguém de quem nós gostamos tira uma nota medíocre num exame, foi o azar; se tira a melhor nota da turma foi devido à sua inteligência largos pontos acima da média. À primeira vista esta teoria parece um pouco simplista e até redundante. Mas se olharmos com alguma atenção para quilo que se passa à nossa volta, ficaremos impressionados com a facilidade com que podemos comprová-la.
Ontem, depois de ter vindo de tomar café com elas, dei por mim a pensar sobre relações e até que ponto esta teoria se aplicaria a elas. E cheguei a uma conclusão curiosa.
é do conhecimento comum que quando estamos apaixonados as nossas capacidades de discernimento ficam significativamente comprometidas. E é aqui que a Teoria Atribucional se encaixa. Quero com isto dizer o seguinte: no que toca a relações, quando a pessoa que amamos se porta mal connosco ao fim de um grande (ou pequeno - que, normalmente, quando se trata de amor, o tempo tem pouca ou nenhuma importância) período de felicidade, a tendência é pensarmos que essa pessoa é, afinal, um animal. "Como é que eu pude ser tão burra ao ponto de acreditar que ele era uma boa pessoa?" e assim se inicia um longo tempo de auto-comiseração, qual drama de novela mexicana de terceira categoria. Achamos que a pessoa se portou mal porque é má e pronto. E essa certeza não nos sai da cabeça, no matter what.
Em contrapartida, quando o contrário acontece, o mesmo não se verifica. Se a pessoa por quem estamos apaixonados sempre nos tratou mal e porcamente e nunca nos deu o mínimo valor, mas depois nos compensa e nos começa a tratar que nem rainhas, "ah e tal , ele estava a passar por uma fase difícil, foi só uma reacção às circunstâncias da vida" e apagamos da nossa memória tudo o que foi mau como se nunca sequer tivesse acontecido.
Se não vejamos e tomemos com exemplo duas das minhas "histórias". O P. sempre foi um anormal comigo. Fazia-me sentir pequena, insegura, inferior a tudo e a todos. Mas bastava fazer a mínima demonstração de afecto para eu o desculpabilizar com a tão aclamada "vida". E foi assim, durante mais de dois anos até eu, finalmente me desapaixonar.
E tão como a água é diferente do vinho, o J. é diferente do P.. O J. sempre foi impecável comigo. Quanto estivemos juntos tratou-me com todo o respeito e carinho quanto se deve tratar alguém de quem gostamos. E mesmo depois de se ter ido embora e com um oceano entre nós continuou a tratar-me assim. Ao fim de meses mudou. E o que é que eu achei imediatamente? Que ele era um animal, que tudo o que tínhamos vivido antes tinha sido uma mentira e blá blá blá, coitadinha de mim, auto-comiseração. Desta vez não foi preciso desapaixonar-me. Continuo apaixonada. Mas agora consigo ver que aquilo que vivemos foi verdadeiro e que ele não passou a tratar-me menos bem por ser má pessoa. Ele é uma pessoa incrível, mas está no outro lado do mundo e a distância é uma batalha inglória que jamais poderei - ou poderemos - vencer.
Então, no que toca a relações, será que a teoria se distancia assim tanto da realidade? Será que conseguimos ser imparciais e colocar de parte os nossos sentimentos quando nos vemos obrigados a atribuir características aos outros? No meio das interrogações fica uma certeza: ele persiste em ser uma boa pessoa neste mundo que a cada segundo nos alicia a sermos feios, porcos e maus. Ele é uma excelente pessoa e pessoas assim merecem a nossa espera.
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sábado, 2 de março de 2013
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