segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Last friday night

Depois de acontecer isto e de sentir isto, chegou o momento que eu tanto procurei evitar - o da confrontação. Sabia que o ia voltar a encontrar, sim, isso era inevitável. Mas, sendo ou não o melhor a fazer, tentei evitá-lo ao máximo.
Eu sabia que sexta-feira ele ia lá estar. Era uma festa que ele não perderia. Eu sabia que não. E quando eu lá cheguei ele já lá estava. Vi-o. Parei. Recuei. "Vou guardar as bebidas no frigorífico", disse eu a alguém que estava perto de mim. E assim fiz. Fui para a cozinha. A Inês apareceu lá e disse para eu ter calma, para agir com naturalidade. Claro que eu não consegui. Voltei à sala. Devo ter ficado pálida e corada ao mesmo tempo. Cumprimentei toda a gente, ele incluído, mas mal o olhei na cara. Sentia-me muito desconfortável, muito constrangida.
As pessoas iam-me perguntando o que se passava, se eu estava bem. Achei que tinha que mudar aquela situação. Então comecei a beber - sim, uma quantidade considerável de álcool no sangue pode criar muitos problemas mas também pode ser a solução para outros tantos. E, ironicamente, no nosso caso, foi isso mesmo que aconteceu. Continuei a beber e comecei a sentir-me mais leve.
Às tantas eles foi-se embora para uma outra festa. Mas mais tarde voltamos a encontrarmos. Nessa altura, já os dois com uns copos a mais, fui falar com ele. Pedi-lhe desculpa, disse que não sabia bem o que se tinha passado entre nós mas que estava muito envergonhada. Ele disse-me para eu não me preocupar, deu-me um abraço e falou ao meu ouvido "Tu és a minha menina, eu sou o teu menino, e vai ser sempre assim!".

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