sábado, 5 de novembro de 2011

Do Erasmus

Estive agora a ler textos antigos. Coisas que escrevi antes de vir para Erasmus. (Antes que me atirem pedras por ser sexta-feira e eu estar em casa, deixem-me dizer-vos que estou doente. Nada de grave mas o suficiente para me impedir de ir para a boa vida. Ainda por cima chove torrencialmente em Granada!). E, como eu estava a dizer, revi todo o processo: a fase da euforia, quando ainda faltavam alguns meses para vir; a fase dos nervos e das dúvidas, quando a partida já se aproximava; e a fase do pseudo-arrependimento, mesmo nas vésperas de vir para cá.
Agora que cá estou penso na parva que fui por ter "sofrido" tanto por antecedência! Erasmus é totalmente diferente daquilo que eu imaginava. Mas é melhor ainda. É uma experiência incrível e, agora sim, posso afirmar com toda a certeza que não me arrependo mesmo nada de ter entrado nesta aventura. Tenho conhecido pessoas incríveis, sítios lindos de morrer, tenho aprendido novas coisas, visto pessoas diferentes e experimentado sabores desconhecidos. Se me perguntassem agora se queria regressar a Portugal eu diria, prontamente, que não. Claro que tenho saudades, mas não anseio voltar. Quero aproveitar esta experiência ao máximo porque a minha vidinha de sempre, essa, lá estará à minha espera.
Sinto o coração apertado quando penso que já cá estou há um mês e meio. O tempo voa e, não tarda nada, já estou de regresso ao meu país. Não quero pensar nisso. Não, ao contrário das minhas compañeras de piso, não estou mortinha por voltar para casa, para debaixo das saias da mamã e para a zona de conforto. Não é que elas não estejam a gostar, mas acho que perdem demasiado tempo a pensar no regresso a casa e acho que, de uma maneira ou de outra, isso as faz perder uma boa parte do que esta experiência tem para oferecer.

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