sábado, 24 de março de 2012

Olá!

E adeus.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Estou presa a ti porque é em ti que eu vivo.

domingo, 11 de março de 2012

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Foda-se meu, que saudades!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Talvez um dia passe...

"Permites alguém entrar tão fundo em ti, mas tão fundo, que só assim é possível que te consiga atingir. E esse alguém faz-te mal. Magoa-te.
Dói que se farta: alma esfolada, coração em sangue. Engoles as lágrimas que o teu orgulho não deixa chorares e segues em frente.
Apagas sms do telemóvel, fotografias do pc, textos do blog. Começas por bloqueá-lo no msn depois, à força do peito esmagado de cada vez que o vês on line, apaga-lo de vez. Deitas para o lixo todos os objectos que te ligam a ele, deixas de usar as mesmas expressões, quebras rotinas, evitas lugares comuns. Descaracterizas-te dele. Rezas para nunca mais te cruzares com ele e sabes que a isso se chama negação ou evitação mas não queres saber de Psicologia para nada.
Primeiro não lhe consegues desejar mal: ainda gostas demasiado dele. Depois ganhas-lhe raiva. E desejas-lhe que nunca mais arranje outra gaja e mesmo que arranje formulas-lhe votos de lepra na pila e chatos gigante nos tin-tins. E se não arranjar mesmo, torces para que lhe caiam todos os dedos, um por um, para nem sequer se conseguir masturbar.
Depois já não pensas nele todos os dias quando acordas nem quando te deitas. E cada vez vais pensando menos nele. E não lhe desejas nem bem nem mal: não lhe desejas nada.
Um dia, dás por ti de férias, pele dourada ao sol, e percebes que já nem te lembravas dele há mais de um mês. E esses pensamentos são cada vez mais intervalados. E chega finalmente o dia derradeiro, passados 476 dias do fim, em que ouves, pela primeira vez sem mudares automaticamente de frequência, a música que era vossa, do princípio ao fim. E gostas. Porque é apenas uma boa música. Passou o dói-dói."

Pólo Norte (http://quadripolaridades2.blogspot.com/)

Ferida

Lembraste de quando eras pequenino e, entre brincadeiras desengonçadas, caías e esfolavas o joelho? Nessa altura doía e tu choravas e gritavas. E tinhas que desinfectar a ferida, fazer um curativo. Uma vez foi mais grave e tiveste que levar pontos. Ao inicio doía todos os dias, ardia. Mas, a pouco e pouco, a dor tornava-se menos forte, menos incomodativa. Até que só te doía quando mexias na ferida. Ela ia sarando, a pouco e pouco. E tiraste os pontos. Um dia deixou de doer e só restou a cicatriz. E aquela cicatriz, no teu joelho, só servia para te relembrar que, um dia, algures na tua infância perdida, caíste e te magoaste e choraste. Mas era só isso – uma cicatriz. Só quando olhavas para ela é que te lembravas daquela queda. Agora já não doía.
Era nessa fase que eu estava, antes de tu reapareceres, em Novembro. De vez em quando, lá olhava para a cicatriz que deixaste no meu coração. E questionava-me pelos porquês de tudo aquilo. Mas era só isso. Já não doía. Ou se calhar doía mas eu habituei-me a viver com essa dor, até que ela se tornou familiar. Adaptei-me. E reconstruí a minha vida. Levantei-me, desinfectei a ferida e limpei as lágrimas. O que passou, passou. Ou julgava eu.
Mas tu voltaste. Tinhas que voltar. Voltaste e viraste a minha vida de pernas para o ar, outra vez. Fizeste-me crer que desta vez seria diferente. Eu, inocente, acreditei. Convenci-me de que não estava a criar esperanças e que se as coisas corressem mal eu estaria preparada para lidar com isso. Enganei-me, eu sei. E nisso faço mea culpa.
Reabriste a ferida. Sim, essa mesma ferida que tanto custou a sarar. Que tanto me fez sofrer. Mostraste que respeito e consideração por mim tens zero. É assim hoje e foi assim sempre. Toda a gente via, menos eu. Não quis ver, preferi negar as evidências. Agora, vivo tudo de novo. Com a diferença de que tenho a consciência de que acabou. E dói mais, ainda. Revelaste a pessoa que és e que sempre foste. Não vales metade daquilo que eu passei por ti. Não vales metade daquilo que eu estou a passar por ti.
Acabou.

domingo, 4 de março de 2012

...

Clico em "nova mensagem" e penso que é agora que vou conseguir escrever tudo aquilo que me vai na alma. A página abre, digo que não com a cabeça e torno a fecha-la. Longe vão os tempos que o blogue me servia como porto de abrigo. E que falta que isso me faz. Espero que seja só uma fase.