segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sem chão

Hoje senti-me impotente, triste e desapontada comigo mesma. A mãe de uma amiga minha dirigiu-se a mim e perguntou-me se eu sabia o que se passava com ela (com a minha amiga) porque acha que ela ultimamente anda muito em baixo, tanto que, no outro dia, teve dois ataques de choro e dos grandes. Disse-me que ela anda muito ansiosa e queria saber se eu, como grande amiga dela que sou, sabia do que se tratava.
Foi como se o mundo tivesse caído sobre a minha cabeça. Fiquei chocada e, mais ainda, fiquei muitíssimo preocupada. Porquê? Porque não me apercebi de nada, nunca me passou pela cabeça que a minha tão grande e boa amiga pudesse estar deprimida. Fiquei sem saber ao certo o que dizer à mãe dela. Tentei disfarçar o meu embaraço e lá lhe disse que ela não é muito de se abrir com as pessoas, nem mesmo como as pessoas mais próximas, que é meu caso. Mas que ainda assim, vou fazer de tudo para descobrir o que se passa e tentar ajudar.
Gosto mesmo muito dela e estou preocupada a valer. É que ela parece-me sempre tão bem e tão feliz... Nunca dá a entender que alguma coisa de mal se passa. E é muito mau quando as pessoas guardam as mágoas todas para elas. É melhor chorar, gritar e espernear. No final sentimo-nos sempre mais leves, aliviados e com outra disposição para encarar os problemas de frente. E os amigos servem exactamente para isso, para ouvir os gritos, secar as lágrimas e dar um daqueles abraços bem apertados.


(E como se não bastasse isto tudo, sinto que, infelizmente, a minha pseudo-relação de um mês e pouco está a dar as últimas.)

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