sexta-feira, 24 de maio de 2013

#sentimentosmudam

Quando gostamos verdadeiramente de alguém, quando estamos mesmo apaixonados não conseguimos - ou é, pelo menos, muito difícil - imaginarmos-nos sem nutrirmos esse sentimento por essa pessoa. Não quer dizer que achamos que o sentimento vai durar para sempre, mas parece que nos esquecemos de como nos sentíamos antes daquela pessoa aparecer e de o sentimento surgir e, por isso, não nos conseguimos projectar no futuro sem incluirmos esse mesmo sentimento. Ele (re)apareceu na minha vida há quase 10 meses atrás e eu apaixonei-me. A partir desse momento nunca pensei no que seria viver sem estar apaixonada por ele. Sabia que ele ia viver um ano para fora, projectei muitos cenários para "nós", mas em nenhum deles eu deixava de sentir o que sentia. Por isso, agora, me sinto tão estranha. Saber que faltam pouco mais de dois meses para ele voltar e que passei nove meses sempre com ele no meu coração, com um sentimento tão profundo, tão íntimo... E agora - puff! - ele continua a ser especial, continuo a querer que ele volte e a querer vê-lo de novo, mas a ansiedade não é a mesma, a vontade não é a mesma e o sentimento... temo que também já não seja o mesmo. 

terça-feira, 14 de maio de 2013

E, pela primeira vez ao fim de muitos meses, voltei a sentir borboletas na barriga.
Do outro lado do oceano não recebo nada mais do que um silêncio gelado. A ver se daqui a três meses, quando a distância findar, já não é tarde demais.

sábado, 4 de maio de 2013

Palavra

Vivo convencida de que o esqueci. Vivo convencida de que posso viver sem ele. Interiorizo isso e chego mesmo a acreditar. Depois bebo uns copos, divirto-me. Sempre a fingir que ele não existe e que nunca existiu. Se me quero referir a ele digo "tinha uma amigo meu que...". Não digo o nome dele. Controlo-me e levo a promessa que fiz a mim mesma a sério. Mas quando chego a casa, tonta e sozinha, enganada pelo álcool que me corre no sangue, só o vejo a ele. Sou invadida por uma vontade enorme de lhe falar, como se a minha vida dependesse disso. Sinto a falta dele e dói-me como se me arrancassem o coração a sangue frio. Mais uma vez controlo-me, mas concluo que isso me custa mais do que a humilhação de ser desprezada.
Mas fiz uma promessa a mim mesma. Palavra de honra.