domingo, 31 de janeiro de 2010

Frase do mês

"Odeio dias de sol e pessoas felizes!"


(Esperemos que Fevereiro corra um bocadinho melhor e que 2010 não seja um reflexo deste inicio tão tumultuoso, triste e stressante.)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Mãe

A minha mãe tem uma amiga altamente que eu adoro. É super alternativa, tem o cabelo mesmo comprido e veste-se de uma maneira mesmo original. Tem brincos, colares, anéis de meter inveja a qualquer bom apreciador de acessórios de moda e passa a vida a passear pelo Brasil. É simpatiquíssima e a diversão em pessoa. E fuma charros! Quando conto a alguém que a minha mãe tem uma amiga que fuma charros em locais públicos e em casa de qualquer pessoa como se tivesse a beber um copito de água, é raro esse alguém acreditar (pelo menos até eu jurar a pés juntos).
Hoje ela veio cá a casa jantar. E como sempre trouxe a sua ervinha. E desta vez insistiu para que a minha mãe experimentasse. Após alguma insistência da minha parte, ela lá experimentou. E depois queria que eu fumasse também. "Não mãe, não vou fumar ganza contigo. Ainda nos habituamos e qualquer dia entra-se aqui em casa e só se ouve reggae e se inspira cannabis!".

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Corações


Há muitos tipos de corações. Há corações pequenos e tímidos, há corações grandes e abertos, há corações onde é preciso meter requerimentos de papel azul e selo de garantia para abrirem as portas e outros cheios de janelas, frescos e arejados. Há corações com trancas, segredos e sistema de alarme que são como cofres de bancos. Corações sombrios e desconfiados, com fechaduras secretas e portas falsas. Corações que parecem simples, mas quando se entra lá dentro, espera-nos o mais perverso dos labirintos. E há corações que são como jardins públicos, onde pessoas de todas as idades podem entrar e descansar. Há corações que são como casas antigas, cheios de mistérios e fantasmas, com jardins secretos e sótãos poeirentos, carregados de memórias e recordações e há corações simples e fáceis de conhecer, descontraídos e leves, sempre em férias como tendas de campismo. Há corações viajantes, temerários e corajosos, como barcos à vela que nos parecem bonitos ao longe, mas que nos deixam sempre na boca o sabor amargo de nunca os conseguirmos abarcar... Há corações missionários, despojados e enormes. Há corações que são paquetes de luxo, onde o requinte é a palavra-chave para baterem... Há corações que são como borboletas e voam de um lado para o outro sem parar, numa pressa ansiosa de viver tudo antes que a vida se acabe. Há corações que são como elefantes do zoo, muito grandes, pacíficos e passivos que aceitam viver limitados pelos outros e que até tocam o sino se os tratarmos bem e lhes dermos mimos e corações aventureiros, sempre prontos para partir em difíceis expedições e se ultrapassarem a si mesmos. Há corações rebeldes e selvagens que não suportam laços nem correntes, corações que correm tão depressa como chitas e matam como leoas, e depois há corações gnus, que sabem que vão ser caçados mas não fogem ao seu destino... Há corações que são como rosas, caprichosas e cheios de espinhos e outros que são campainhas, simplórios e carentes sempre a chamar por afecto. Há corações que são como girassóis, rodando as suas paixões ao sabor do brilho e da glória e corações como batata-doce, que só crescem e se alimentam se estiverem bem guardados e escondidos debaixo da terra. Há corações que são como pianos, altivos e majestosos onde só tocam os que possuem a arte de bem seduzir. E corações como harpas, onde uma simples festa provoca uma sinfonia. Há corações incondicionais que vivem tão maravilhados em descobrir a grandeza de outros corações que às vezes se esquecem de si próprios... Há corações estrategas, que batem ao ritmo de esquemas e planos, corações transgressores que vivem para amar clandestinamente e só sabem desejar o proibido e corações conservadores, que só se entregam quando tudo é de acordo com os seus padrões e valores. Há corações a motor, que vivem só para o trabalho e corações poetas só se alimentam de sonhos e ilusões. Há corações teatrais, para quem a vida é uma comédia ou uma tragédia e corações cinéfilos que registam a beleza de cada momento em frames de paixão. Há corações duros como aço, sem arritmias, onde nada risca e faz mossa e corações de plasticina que se moldam às formas dos corações que amam. Há corações de papel, bonitos e frágeis que se amachucam facilmente e desbotam à primeira lágrima, há corações de vidro que quando se estilhaçam nunca mais se recompõem e corações de porcelana que depois de se partirem ainda sabem colar os destroços e começar de novo. Há corações orientais, espiritualizados e serenos e corações ocidentais hedonistas e ambiciosos, corações britânicos onde tudo é meticulosamente arrumado segundo costumes e convenções, latinos que batem ao som da paixão e da loucura. Há corações de uma só porta que são como grandes casas de família e outros de duas portas, uma para a sociedade e outra para a intimidade. Há corações que são como conventos, silenciosos e enclausurados e outros que são como hotéis, onde se paga o amor sem amor, escandalosos e promiscuos. Há corações parasitas, que vivem do afecto dos outros sem nada dar e corações dadores que só são felizes na entrega.
Mas há ainda uma ou outra espécie de corações, os corações hospedeiros que sabem receber e fazem sentir os outros corações como se estivessem em casa, que dão e aceitam amor sem se fixarem, que tratam cada passageiro como se fosse o último, enquanto procuram o coração gémeo, sempre na esperança, secreta e nunca perdida de um dia deixarem de viajar e sossegarem para a vida.


Margarida Rebelo Pinto

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Burrice (?)

L: Agora vá, chama-me burra muitas vezes, para ver se eu aprendo de vez.

V: Não és burra, simplesmente estavas numa fase em que precisavas de acreditar em qualquer coisa.

L: Vou considerar isso uma forma simpática de me chamares burra!

V: NÃO! És humana e és gaja.

L: E sou burra também!

V: E sim, as gajas são muito burras por vezes.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Finais

Tudo o que começa, acaba. Nada dura para sempre, nada é eterno. A vida é efémera.

Aprendi com o tempo e com a experiência que às vezes não chega gostarmos de alguém. É preciso bem mais que isso. é preciso que essa pessoa nos faça sentir bem e que, de alguma forma, contribua para a nossa felicidade. Quando não é assim, o gostar, o amar ou o que quer que seja, não chega. Aprendi também que adiar o inevitável só nos degrada por dentro e, quando o fim (finalmente) chega, sofremos muito mais.

É melhor assim, tu sabes.


(Adoro-te.)

domingo, 24 de janeiro de 2010

Nasceu...

... a minha afilhada! Foi na madrugada de Sábado, dia 23, às 2h54min. Pesa dois quilos e quinhentos gramas e mede quarenta e sete centímetros. Ah! E é a coisinha mais fofinha e bonitinha deste mundo! Ainda não a vi pessoalmente (culpa da distância e desta fase terrível em que se encontra a minha vida), mas já estou completamente apaixonada por ela. O parto correu bem, a mamã diz que não sofreu nada e que a princesinha só pensa em dormir.
E pronto, só quero que esta criança seja muito muito feliz. Aliás, se depender aqui da madrinha vai ser a menina mais feliz do mundo!

sábado, 23 de janeiro de 2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Um dia destes...

...quando eu ganhar juízo conto-te a história de uma vida levada de improviso. Pode ser que deite a cabeça no teu regaço e aprenda a derramar uma lágrima por cada passo errado. E pode ser que nesse dia diga que te amo, perca o medo de te falhar, assuma prejuízo e o dano. As minhas cicatrizes só mostram o superficial e nisso podes crer que eu sou um amador profissional, ou antes um amante, consoante a variante. Do pouco que eu sei, eu sei que já perdi bastante. Quero ser uma constante na equação da tua vida. Pode ser que seja hoje, pode ser que hoje não, pode ser que o destino se arme em brincalhão. Pode ser que ganhe juízo, pode ser de improviso, pode ser que arranje um guizo para seguir o teu sorriso. Pode ser que seja hoje, pode ser que hoje não, pode ser que o destino se arme em brincalhão.

Um dia destes. pode ser que seja hoje. Seja hoje, então, que eu abro mão do meu coração de ladrão perdido num sonho tecnicolor de outra dimensão do faz-de-conta, com as verdades que vou negando com brincadeiras, com as promessas que vou achando serem verdadeiras. No final do dia deixam todas um sabor amargo, no final do beijo, do cortejo, do desejo… Quando eu abro o lençol, ele é fantasma de caras, anjos e fadas, rainhas raras. Sempre perto da loucura, sempre sol de pouca dura. Eu meto água na fervura disfarçando com brandura (tenho medo que o feitiço vire o feiticeiro). Eu tenho medo que desta vez partas tu primeiro. Tenho tanto medo que talvez compre um rafeiro, perca o medo de uma vez e te ganhe por inteiro. Um dia destes.


DW

I'm a Survivor

É verdade, consegui sobreviver à diabólica semana que (finalmente) já se aproxima do fim. O mesmo não se pode dizer relativamente ao exame de Neurociências, ao qual, como já era de prever, não passei. E acho que na fase de recurso também não vou passar. Fiquei traumatizada, a sério! Vi pessoas do 3º e 4º ano sem conseguirem passar, e os poucos que passaram até choraram de felicidade. Vi pessoas a ponderar desistir do curso, depois de fazerem exame sete vezes sem conseguirem passar. E não, não são eles que são burros! Aquilo é mesmo, mesmo difícil. Enfim, vou tentar não desesperar. O que tiver de ser, será.
Já o exame de Estatística I até correu razoavelmente bem. Mas como eu não sou muito certa nestas coisas, mais vale não ter grandes expectativas. Ontem quando estava a estudar deu-me um ataque de insegurança. Comecei a falar mal da minha professora de Matemática do secundário e senti-me muito melhor. Ouvi dizer que a mulher está com Gripe A. Temos pena!
Ouvi nos corredores da Faculdade que as notas do exame de Psicologia da Aprendizagem saem amanhã. Eu sei que é impossível passar, mas caso esse milagre ocorra, beijo os pés ao Amâncio!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Exames

Balanço dos exames:

  • Primeiro exame realizado: aprovada com (não muito, mas algum) sucesso! Introdução às Ciências Sociais, até nunca!
  • Segundo exame realizado: ainda não tenho conhecimento da nota, mas tenho a certeza que vou ter um "R" em frente ao meu nome e que vou directinha para recurso. Já me estou a imaginar em Fevereiro a estudar todas aquelas teorias da Psicologia da Aprendizagem.
  • Terceiro exame realizado: para quem estudou apenas numa tarde toda a História e Epistemologia da Psicologia, até que nem correu mal. Se chegar ao 8 já me chega.
Agora restam-me quatro. Esta semana que se aproxima vai ser infernal, porque vou ter simplesmente os dois exames mais difíceis assim bem seguidinhos. Começamos segunda-feira com Neurociências, aquela cadeira cuja taxa de reprovação é a mais elevada do curso e que, em média, passam dez pessoas por ano. Não me parece provável eu estar entre essas dez almas sortudas! E depois quinta-feira, Estatística I que eu, como não amante de números que sou, odeio! Ai ai, vai ser bom, vai ser muito bom! Na semana seguinte, mais dois: Psicologia do Desenvolvimento da Criança e do Adolescente I (que não me parece difícil, mas como não fui às aulas não posso afirmar com toda a certeza) e Métodos de Investigação em Psicologia (que se me tivesse esforçado minimamente já não precisava de estudar, mas pronto, a preguiça apoderou-se de mim ao longo do semestre e agora estou a pagar isso bem caro).
Se entretanto não morrer com um esgotamento, volto a dar-vos noticias.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Verdadeiros Problemas

Ando eu a lamuriar-me pelos cantos, a queixar-me da terrível vida que é a minha e que não aguento a pressão dos exames e que quero desistir de tudo e que só me apetece desaparecer e blá blá blá, quando me apercebo da sorte que tenho ao ter a vida que levo e que os meus problemas, na verdade, não são verdadeiros problemas.
Isto tudo para chegar onde? Um bocadinho longe, ao Haiti. É quando somos confrontados com problemas desta dimensão, que nos damos conta do quão egoístas somos. É só nestas alturas que damos valor à vida, à saúde, estes bens que tantas vezes são mal-tratados. E por quem? Ironia das ironias - por nós mesmos.
Desde esta tragédia que não tenho pensado noutra coisa. Quando fecho os olhos para dormir passam na minha cabeça todas aquelas imagens. Aquele país destroçado, literalmente. Aquelas pessoas sem chão e sem tecto, literalmente. Os cadáveres espalhados pelas ruas a serem decompostos e à mercê de serem comidos pelos insectos. O desespero chapado na cara das pessoas. A falta de comida e de água potável. A falta de meios de ajuda. É horrível! Sinto muito por aquele povo, já tão pobre e sofrido. Sinto mesmo muito!
Quero aqui pedir-vos para ajudarem, de alguma maneira, as vitimas deste sismo. Não faltam campanhas de solidariedade para angariação de fundos e bens essenciais. Ajudem com o que puderem, a sério. Eu vou ajudar.
O Planeta Terra está a revoltar-se contra nós e isso vê-se na dimensão que este tipo de catástrofes está a ganhar. A Mãe Natureza é muito forte e nós não temos qualquer hipótese contra ela. Ou tentamos mudar a situação rapidamente ou, mais cedo ou mais tarde, vamos todos acabar assim.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Um já está

Ontem o exame até nem correu mal, estava à espera de pior. Tenho a certeza que a cadeira fica feita!
Um já está... Agora só faltam seis!


Psicologia da Aprendizagem, aqui vou eu iniciar o meu estudo!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Só queria adormecer e acordar com os exames já todos feitos!

Tenho estado com a cabeça a mil à hora e isso reflecte-se no meu dia-a-dia. Não tenho feito outra coisa a não ser estudar e, como consequência, a minha vida social (a par da afectiva) está na lama. Não há cá tempo para cafézinhos com os amigos, tardes de primos ou noites a dois. Nada disso. Vidinha boa nem vê-la. E vai continuar assim. Os exames estão à porta. O primeiro é já amanhã e a partir daí é non stop até ao final do mês e, se as coisas não correrem bem, prolonga-se até meados de Fevereiro. Fantástico! Já não sei o que é não ter preocupações há muito, muito tempo. Estou um verdadeiro caos! Vomito Ciências Sociais a toda a hora. E como se tudo isto não bastasse, tenho a minha tão querida mãe internada no hospital. O que vale é que é por pouco tempo e a situação em principio resolve-se. Do mal o menos!

Wish me luck!