Antecipo já o meu texto, porque hoje tenho a serenidade e o tempo de que preciso para o escrever. Este ano o sentimento é diferente. Especialmente diferente daquele que me atormentava no ano passado.
Acho o Dia dos Namorados perfeitamente ridículo. E não quero com isto ofender ninguém. É só a minha opinião, que pouco ou nada vale para a maioria dos mortais, mas que muito vale para mim, precisamente por isso - por ser minha. E esta minha opinião foi mudando ao longo dos anos. Quando era mais miúda adorava este dia. Na escola havia um "correio sentimental" que ia às salas de aula distribuir as cartas por toda a gente. E não eram só cartas de namorados ou apaixonados, eram também cartas de amigos, o que fazia com que toda a gente recebesse pelo menos uma. A escola era toda decorada a rigor e o dia era muito bem passado. Mais tarde, já noutra escola, as coisas passavam-se doutra maneira. Nós, as meninas, fazíamos um sorteio e a cada uma calhava oferecer uma rosa a outra, no tão aclamado dia. Éramos uma verdadeira love generation. Entretanto, com os desgostos que a vida vai trazendo, fui-me tornando uma pessoa mais amarga. Odiava o Dia de São Valentim porque tinha inveja dos que tinham um namorado ou alguém com quem trocar as típicas prendinhas. Ficava deprimida, chorava, esperneava e achava que tinha o mundo todo contra mim.
Hoje em dia, sendo um bocadinho mais crescida, vejo a coisa de uma forma um bocadinho mais racional. Considero este dia uma verdadeira futilidade. As lojas, os restaurantes, os hotéis aproveitam-se dos apaixonados para lhes extorquir dinheiro. Toda a gente sabe disso, mas fingem não saber enquanto continuam a cair conscientemente na mesma aldrabice pegada. Uma arte de empobrecer alegremente, já alguém dizia. Mas o que eu acho mesmo é que, para quem ama, o dia dos namorados é todos os dias. Ou no Dia dos Namorados, só por ter esse nome, amamos mais um bocadinho a pessoa que temos ao nosso lado? Não me parece. Muito sinceramente, acho que têm mais valor aqueles gestos inesperados do dia a dia - como roubar uma flor de um jardim ou deixar um bilhetinho simpático na mesinha de cabeceira - do que qualquer uma das extravagancias do Dia dos Namorados que, apesar de extravagantes, acabam sempre por ser um bocadinho previsíveis.
Sou uma pessoa romântica, mas dentro dos parâmetros normais. Não sou fria nem pretendo transparecer essa ideia. Se calhar este ano, neste dia, tenho esta opinião, muito simplesmente porque, pela primeira vez em muito muito tempo, me sinto realmente realizada, estando sozinha. Aprendi a viver bem comigo mesma, a ficar feliz pelas minhas próprias vitórias. E gosto disso. Gosto de saber que dependo de mim e só de mim, que não tenho que mudar para agradar ninguém a não ser eu própria. E sim, sou feliz assim. Sinto-me feliz sozinha e nunca o tinha sentido antes. Se entretanto ele - o amor - me bater à porta, porque não abri-la? Até lá continuarei assim: feliz. Ou pelo menos trabalharei todos os dias nesse sentido.
Portanto, pessoas solteiras deste mundo, façam-me um favor: não deprimam amanhã, sim? Vão ver que não é assim tão difícil. Feliz dia, para todos!
Acho o Dia dos Namorados perfeitamente ridículo. E não quero com isto ofender ninguém. É só a minha opinião, que pouco ou nada vale para a maioria dos mortais, mas que muito vale para mim, precisamente por isso - por ser minha. E esta minha opinião foi mudando ao longo dos anos. Quando era mais miúda adorava este dia. Na escola havia um "correio sentimental" que ia às salas de aula distribuir as cartas por toda a gente. E não eram só cartas de namorados ou apaixonados, eram também cartas de amigos, o que fazia com que toda a gente recebesse pelo menos uma. A escola era toda decorada a rigor e o dia era muito bem passado. Mais tarde, já noutra escola, as coisas passavam-se doutra maneira. Nós, as meninas, fazíamos um sorteio e a cada uma calhava oferecer uma rosa a outra, no tão aclamado dia. Éramos uma verdadeira love generation. Entretanto, com os desgostos que a vida vai trazendo, fui-me tornando uma pessoa mais amarga. Odiava o Dia de São Valentim porque tinha inveja dos que tinham um namorado ou alguém com quem trocar as típicas prendinhas. Ficava deprimida, chorava, esperneava e achava que tinha o mundo todo contra mim.
Hoje em dia, sendo um bocadinho mais crescida, vejo a coisa de uma forma um bocadinho mais racional. Considero este dia uma verdadeira futilidade. As lojas, os restaurantes, os hotéis aproveitam-se dos apaixonados para lhes extorquir dinheiro. Toda a gente sabe disso, mas fingem não saber enquanto continuam a cair conscientemente na mesma aldrabice pegada. Uma arte de empobrecer alegremente, já alguém dizia. Mas o que eu acho mesmo é que, para quem ama, o dia dos namorados é todos os dias. Ou no Dia dos Namorados, só por ter esse nome, amamos mais um bocadinho a pessoa que temos ao nosso lado? Não me parece. Muito sinceramente, acho que têm mais valor aqueles gestos inesperados do dia a dia - como roubar uma flor de um jardim ou deixar um bilhetinho simpático na mesinha de cabeceira - do que qualquer uma das extravagancias do Dia dos Namorados que, apesar de extravagantes, acabam sempre por ser um bocadinho previsíveis.
Sou uma pessoa romântica, mas dentro dos parâmetros normais. Não sou fria nem pretendo transparecer essa ideia. Se calhar este ano, neste dia, tenho esta opinião, muito simplesmente porque, pela primeira vez em muito muito tempo, me sinto realmente realizada, estando sozinha. Aprendi a viver bem comigo mesma, a ficar feliz pelas minhas próprias vitórias. E gosto disso. Gosto de saber que dependo de mim e só de mim, que não tenho que mudar para agradar ninguém a não ser eu própria. E sim, sou feliz assim. Sinto-me feliz sozinha e nunca o tinha sentido antes. Se entretanto ele - o amor - me bater à porta, porque não abri-la? Até lá continuarei assim: feliz. Ou pelo menos trabalharei todos os dias nesse sentido.
Portanto, pessoas solteiras deste mundo, façam-me um favor: não deprimam amanhã, sim? Vão ver que não é assim tão difícil. Feliz dia, para todos!
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